Após três anos de atividades, a IBM decidiu reestruturar o espaço para receber clientes e trabalhar no aprimoramento das soluções que comercializa no mercado, visando adaptá-las às necessidades das empresas. O IBM Client Center (ICC) de São Paulo, reinaugurado nesta terça-feira, 5, recebeu US$ 1 milhão de investimento na infraestrutura física para melhor simular situações de diversas cadeias da indústria. Foram instalados desde equipamentos como videowalls, telas sensíveis ao toque, além de realizado todo um trabalho visual da marca, alinhando a estética do ambiente a outros centros mundiais. De acordo com Mauro D’Angelo, diretor de soluções de indústria da IBM Brasil, existem 100 ICCs físicos espalhados pelo mundo, número que cresce para 200 quando somadas as estruturas virtuais.
No ano passado, a unidade de São Paulo acolheu 500 eventos. Com a reforma, o laboratório recebeu a denominação de Industry Solution Lab (ISL), local onde serão demonstradas as soluções futuras ainda em desenvolvimento pela equipe de pesquisa da empresa. Este é o quinto ISL em todo o mundo — além de no Brasil, os demais estão nos Estados Unidos, China, Índia e Suíça.
“Quando o espaço foi inaugurado, em 2009, nossa abordagem de TI para a indústria era por verticais altamente especializadas. Hoje, houve uma mudança de paradigma influenciada por tecnologias de big data, computação em nuvem, mobilidade e mídias sociais, e muitas vezes um produto tecnológico desenvolvido para uma área pode influenciar outra”, detalha o gerente geral do ICC, Agostinho Villela. "Já desenvolvemos soluções para o varejo que se aplicam ao setor financeiro, por exemplo", completa.
Além da mudança na parte física, a IBM também alterou a estrutura interna do ICC e estabeleceu sete frentes de trabalho: telecomunicações e energia, consumo e varejo, serviços financeiros, governo, indústria, nuvem e smarter analytics e gestão de portfólio e marketing. Dessa maneira, as soluções são trabalhadas de maneira separada, porém, o corpo executivo de cada uma delas compartilha experiências e atua de forma integrada.
O ISL disponibiliza 190 soluções, distribuídas por diversas indústrias e hospedadas em data center próprio. Ele está integrado aos centros da IBM em Hortolândia, na região de Campinas, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e o objetivo e usá-lo para apoiar a regionalização da companhia, para melhor aproveitar as oportunidades de negócio fora do eixo Rio-SP. “Estamos conversando com cerca de 200 empresas, mapeadas a partir de nossas unidades regionais. Depois de analisar as demandas por soluções e novos produtos em cada uma delas, de acordo com a receptividade vamos estudar a criação de novos ICCs ou a integração com o centro de São Paulo”, explica D’Angelo. Nessa fila, estão as capitais como Belo Horizonte, Curitiba e Salvador, que já saem na frente, com potencial já detectado.
