Segundo pesquisa da ABGD (Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Documentos), atualmente 50% do volume de consultas feitas por empresas em banco de dados já é digital e não mais em papel. "Nos próximos cinco anos será 95% digital", prevê Eduardo Coppola Gutierrez, presidente da associação, que representa empresas do mercado nacional de arquivos e documentos.
O estudo revela ainda que o faturamento das empresas que atuam neste segmento superou R$ 1 bilhão em 2009. "Houve um crescimento do nosso setor de 18% no ano passado. E para 2010 a expansão será ainda maior, em torno de 25%", antecipa o dirigente.
Também diretor da Keepers Brasil, empresas do segmento de gestão de documentos e soluções de BPO (Business Process Outsourcing), Eduardo avalia que os documentos corporativos continuarão guardados, mas o acesso será menor: vai se limitar às situações de auditoria, fiscalização de órgãos públicos, ação judicial, entre outras. "Para consulta, o meio eletrônico vai ser preponderante já a partir deste ano", prevê o diretor.
A fornecedora desenvolveu um novo software capaz de integrar dados e imagens de forma mais rápida. O dispositivo permite que a imagem fique disponível para o cliente via internet, com acesso pelo computador em qualquer lugar do Brasil ou exterior, o que facilita uma filial dispor do material guardado no escritório central da matriz, por exemplo.
Segundo a empresa, para ter acesso a esse serviço, os clientes não precisam de nenhum investimento financeiro na compra te equipamentos. A Keepers Brasil mantém um grande espaço de armazenagem em parceria com data centers.
O novo software demandou investimentos acima de R$ 500 mil. "Nosso planejamento prevê novos investimentos na área de desenvolvimento tecnológico para atender ao aumento no volume de consultas digitais", observa Gutierrez. Segundo o executivo, "para se recuperar uma imagem digital na internet custa até 95% menos do que pedir a consulta física a um documento, o que envolve todo um procedimento de transporte".
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