Ceitec vai direcionar produção em chip para TV digital e WiMax

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O Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada), empresa do governo federal destinada à pesquisa e produção de chips, vai concentrar o foco de atuação no desenvolvimento de componentes para TV digital e para a banda larga. A informação foi dada pelo novo presidente da empresa, Cylon Gonçalves da Silva, ao salientar que o Ceitec terá um papel decisivo no desenvolvimento das telecomunicações no país.
Ele observou que a estatal é uma das companhias envolvidas no desenvolvimento de tecnologia para o plano nacional de banda larga, cujo objetivo é ampliar o acesso em alta velocidade à internet no país. "A ideia é desenvolver o WiMax no Brasil, que é uma tecnologia de transmissão de sinal sem fio com um alcance maior, que pode chegar a um ou dois quilômetros", disse Silva.
Silva adiantou que outra área de atuação do Ceitec será na de TV digital. Ele garantiu que empresa tem condições de projetar e fabricar o componente-chave para a TV digital, que é o demodulador do sinal digital que equipará os televisores que serão fabricados no país.
"Mas o desafio não é só da Ceitec. É da sociedade e do Estado brasileiro, de criar um ambiente que estimule o surgimento dessas empresas e a manutenção delas no mercado", afirmou, ao tomar posse na quarta-feira, 4. O principal objetivo da estatal brasileira de chips, inaugurada em março, é desenvolver a indústria eletrônica nacional por meio da implantação de uma base sólida no setor de semicondutores.
"O Brasil já fez várias tentativas de implantar uma indústria de microeletrônica, mas por razões econômicas e de mercado, nenhuma delas teve muito êxito. Agora, há uma janela de oportunidades. O país vive uma demanda por desenvolvimento de tecnologias em várias áreas, como em telecomunicações", analisou Silva.
A Cietec opera na elaboração e produção de projetos de circuitos integrados. A fábrica, que está em fase final de implantação e certificação, será a única na América Latina capaz de produzir chips. No Design Center, um dos componentes da empresa, são elaborados os projetos, criadas as patentes e conhecimento em processadores. O outro espaço da empresa é a fábrica, onde efetivamente serão criados os produtos. "Mas o Ceitec não vai lidar com o consumidor final. Será uma provedora de tecnologia para empresas que estarão no mercado", explicou o novo presidente.
A empresa já tem um produto em desenvolvimento, projetado pelo grupo que deu origem à ela, denominado Chip do Boi, dispositivo que permite rastrear e armazenar dados sobre o gado. "O chip foi pensado e produzido no Brasil, mas fabricado no exterior. Está em fase de testes em fazendas em Minas Gerais e Mato Grosso e é muito importante do ponto de vista do mercado interno e exportador", destacou Silva. O objetivo no curto prazo é colocar a fábrica para funcionar e levar o Chip do Boi para o mercado. "É um produto inteiramente novo, uma espécie de carteira de identidade com atestado de vacina do animal. Nele, ficam registradas a história e toda a evolução do animal", exlicou.

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