A Apple teve seu nome novamente envolvido em um caso de violação de direitos trabalhistas e humanitários na China. De acordo com a China Labor Watch, organização não governamental que atua na área trabalhista, uma fábrica da americana Jabil Circuit, fornecedora da Apple envolvida na fabricação do iPhone, estabelecida em Wuxi, pratica uma série de violações trabalhistas.
Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira, 5, e obtido pelo blog de tecnologia All Things Digital, dentre as infrações, conta que os funcionários são submetidos a exaustivas horas extras sem pagamento, superlotação e a empresa ainda é acusada de praticar discriminação nas contratações. O conjunto de abusos é descrito pela organização como um padrão sistêmico de violação, que contraria o código de conduta nas instalações da Apple.
Em comunicado, a Apple afirma estar comprometida em fornecer condições de trabalho seguras em toda sua cadeia de fornecimento e garantiu que já enviou uma equipe de especialistas à fábrica da Jabil para investigar as reivindicações do grupo. A fabricante declarou ainda ter realizado 14 auditorias abrangentes nas instalações da Jabil desde 2008, incluindo três auditorias na fábrica de Wuxi nos últimos 36 meses.
No fim de julho, a China Labor Watch também identificou uma série de irregularidades trabalhistas na fábrica da fornecedora taiwanesa de dispositivos da Apple, Pegatron, e duas de suas subsidiárias. As violações eram relacionadas à segurança e questões ambientais, retenção de salário dos trabalhadores e más condições de moradia nas fábricas baseadas na China.
