Muito tem se falado sobre a explosão do Big Data e sua presença inegável em todo tipo de negócio. São informações que geramos, armazenamos e multiplicamos conforme o dia a dia de nosso trabalho. Todos esses dados ficam parados, por meses, talvez anos, nos arquivos das empresas, apenas como um registro de que algo foi feito ou checado algum dia. E isso se soma às infinitas buscas que fazemos, relatórios que fechamos, novos arquivos que recebemos diariamente.
Mas o que fazer com essas informações?
Ao mesmo tempo em que escutamos falar sobre Big Data, também nos deparamos com a informação de que pouco ainda sabemos sobre sua finalidade e – mais importante – sobre seu uso efetivo, que, de alguma maneira, imprima real valor aos negócios.
A urgência por ações mais efetivas segundo nosso atual contexto é traduzida em números: pesquisa da SNS Research estima que o segmento irá movimentar US$ 72 bilhões em iniciativas e soluções em hardware, serviços e software até 2020!
E esse é apenas o topo do iceberg. Reconhecendo essa realidade, empresas têm investido em ferramentas, soluções e talentos para impulsionar essa tendência e imprimir inteligência ao turbilhão de informações que possuímos. Dentre tantas ofertas está o Business Intelligence, que entra nesse mercado como uma oportunidade de organização de dados e eventos, em especial para a projeção de cenários e possibilidades futuras.
E algumas empresas já têm aberto os olhos para essa tendência. Estudo realizado pela Forbes Insights junto à Qlik, a partir de entrevista com executivos de TI e negócios, concluiu que cerca de 60% das empresas planejam aumentar seus investimentos em soluções de BI. Isso porque essas soluções são self-service, ou seja, podem ser utilizadas segundo a necessidade específica de cada colaborador. E a boa notícia é que hoje o mercado oferece diferentes opções que nos possibilitamexatamente isso: organizar dados e criar reports da maneira que desejamos, para que possamos obter insights e elaborarmos as melhores estratégias.
Esse estudo ainda apontou que a adoção do BI não está restrita à área de TI: ela também é usada nos setores Financeiro (67%), Vendas (61%), Marketing (60%) e Compliance (60%), tendo sua demanda gerada da base até a liderança. Dessa maneira, todos podem fazer parte do processo.
Não é surpresa o fato de a profissão de gestor de BI ser uma das mais procuradas no mercado atualmente. Isso devido à necessidade das empresas de contar com profissionais que entendam esse processo, conheçam ferramentas, auxiliem na transmissão de conhecimento para os demais colaboradores e agreguem valor aos negócios.
Esse é o momento para falarmos sobre Big Data e Business Intelligence. São tempos difíceis sim, mas está aí uma alternativa para enxergarmos detalhes que muitas vezes não temos facilmente em mãos, mas que podem ser essenciais ao desenvolvimento das empresas no mercado, à sua renovação e, principalmente, à sua sobrevivência.
Rodrigo Segalla Uehara, diretor de Tecnologia e Soluções da IN.
