A Embratel lança na próxima sexta-feira (9/11) o primeiro satélite da nova geração, batizado de Star One C1, que vai assegurar a continuidade dos serviços de telefonia, TV, rádio, transmissão de dados e internet no Brasil. O lançamento será feito da base Kourou, na Guiana Francesa, pelo foguete da Arianespace. O investimento da empresa é da ordem de R$ 1 bilhão (mais de US$ 500 milhões) e faz parte do projeto de renovação dos satélites da empresa.
Segundo a Embratel, o Star One C1 tem quase o dobro da potência do Brasilsat B2, ao qual substituirá na posição 65º W, e possibilitará a ampliação da cobertura para além do território brasileiro, alcançando as Américas do Sul e Central e a Flórida (EUA). Ele possui 28 transponders (receptores e transmissores de sinais) em banda C, 16 banda Ku e um banda X.
A banda C garante a oferta de sinais de voz, TV, rádio e dados, incluindo internet. A banda Ku possibilita serviços de transmissão de vídeo diretamente aos usuários, além de internet e telefonia em localidades remotas. E a banda X é uma freqüência exclusiva para uso militar. Em fevereiro de 2008, será lançado o Star One C2, que ocupará a posição 70º W, do Brasilsat B1.
?Além da importância econômica, os satélites da Embratel contribuem para a integração dos brasileiros de todas as regiões, possibilitam a difusão de programas educativos e culturais e garantem as comunicações da Forças Armadas?, assinala o presidente da companhia, Carlos Henrique Moreira, ao dizer que cerca de 16 milhões de residências brasileiras captam sinais de tevê diretamente dos satélites da companhia.
O executivo ressalta que os novos satélites vêm tendo a participação recorde de brasileiros em suas diversas etapas, desde o projeto e desenvolvimento de sistemas até o seu posicionamento orbital. Ao todo, 78 profissionais da empresa estão envolvidos, sendo cinco astrônomos, 56 engenheiros, três analistas de sistemas e 14 técnicos em telecomunicações e eletrônica.
O braço da Embratel na área de satélites é a Star One, da qual tem 80% do capital, sendo os demais 20% de propriedade da GE. O presidente da Star One, Gustavo Silbert ressalta que ?a nova geração de satélites tem mais potência, maior cobertura e permitirá a ampliação dos serviços às empresas e à sociedade?.