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Produtividade para vencer a crise

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Temos visto economistas se digladiarem em divergentes propostas para vencer a crise, mas não há consenso sobre o caminho.  Isto porque estamos discutindo os problemas e não a causa real. O fato é que somos poucos competitivos, e isto dificulta tudo o mais, e as soluções paliativas do passado para compensar nossa baixa produtividade é que causaram a atual situação.

O Brasil é um dos piores colocados no ranking de produtividade e competitividade global: ficamos em 75º na lista do Fórum Econômico Mundial, atrás até mesmo de mercados como México, Índia, África do Sul e Rússia, e de economias menores, como Uruguai, Peru, Vietnã, Hungria e Ruanda. Não bastasse estarmos mal, também estamos piorando: de 2014 para cá, caímos 14 posições no mesmo ranking.

Levando-se em conta que somos a sétima economia do planeta, trata-se de uma contradição. Temos um potencial muito pouco explorado. Por que esta perda de produtividade? E, mais importante: como retomá-la e aumentá-la?

Os pilares da produtividade são: Infraestrutura, Burocracia, Educação e Tecnologia. Destas, a última é o caminho mais fácil, já que a decisão está na mão do empresário, diferente dos demais pilares, que dependem também do governo.

Para crescer neste cenário é necessário reduzir a dependência do governo e automatizar os processos com uso de tecnologia, gerando ganhos imensos às empresas, entre eles: disponibilidade, velocidade, qualidade, segurança, redução dos custos trabalhistas, eficácia operacional e informações gerenciais rápidas e precisas.

Traduzindo, é possível fazer mais com menos, o que em tempos de crise soa como um mantra de salvação frente ao cenário macroeconômico e político caótico.

Competitividade gera riqueza. Adotar ferramentas que apoiem este ganho é um passo inteligente que precisa ser dado por todos que ambicionem promover crescimento. Basta do modelo atual, em que a polarização compõe um cenário conflituoso, difícil de resolver: de um lado, uma linha de apoio às políticas de austeridade que resultam em medidas como a alta dos juros, de outro, outra linha mais radical, adepta do modelo de consumo e medidas assistenciais.

A produtividade permitirá tornar ambos modelos possíveis! E, apesar de parecer obvio, este é um ponto em que muito pouco – ou nada – se toca.

Artifício principal para combater a crise, o incremento da produtividade permanece como assunto não falado nas altas esferas da administração do país, uma perda para todo o quadro. Falta uma discussão séria sobre este tema, falta traze-lo ao centro das decisões fundamentais e fazer nele a aposta certeira de que empresas de todos os setores precisam para impulsionar a economia nacional.

Mas há uma solução. À medida em que os pioneiros investem em tecnologia e conseguem superar os desafios, os demais não terão escolha, é um processo que vai acontecer por bem ou por mal. Espero que este artigo possa contribuir para que aconteça com maior brevidade e possamos voltar a melhorar nosso ranking de produtividade, tornando-nos, assim, internacionalmente competitivos, com volta do crescimento do país mas, desta vez, sem os problemas de falta de recursos humanos que tivermos nos últimos anos.

Robinson Klein, diretor de Mercado da Cigam.

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