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Mapeamento aponta necessidade de desenvolvimento de talentos em TI

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O TI Rio – Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro acaba de divulgar o mapeamento do RH das empresas de TI em 2024, com as principais tendências e desafios que moldam o mercado de tecnologia da informação no estado do Rio de Janeiro.

Realizado pela Fábrica de Cursos com apoio da PUC Rio, o levantamento tem como proposta orientar políticas de recursos humanos para a área. Os achados apontam para a alta demanda de profissionais seniores, a presença crescente das mulheres neste mercado de trabalho, a necessidade de investimento em desenvolvimento de talentos e o desafio das lideranças para a qualificação das equipes juniores e retenção de talentos frente às expectativas das gerações Z e Y, entre outros.

“Estes resultados oferecem direções valiosas para que as empresas de TI criem estratégias mais eficazes para atrair, reter e desenvolver talentos, promovendo um crescimento sustentável e alinhado às tendências do setor,” afirma Alberto Blois, presidente do TI Rio.
Participaram empresas de pequeno, médio e grande portes associadas ao TI Rio, incluindo o ecossistema de TI do estado do Rio de Janeiro.

A metodologia em formato de questionário digital abrangeu tanto grandes players quanto startups e empresas emergentes, de variados segmentos, como desenvolvimento de software, soluções em cloud computing, segurança da informação e infraestrutura tecnológica. Especialistas em recursos humanos foram convidados pela instituição para fazer as análises sobre os diferentes aspectos do setor. Vale destacar que o mercado brasileiro de TI se encontra em expansão. De acordo com pesquisa trimestral da Advance Consulting, o setor fechou o segundo trimestre de 2024 com 22% de crescimento.

Conheça alguns dos principais aspectos do levantamento RH 2024 feito pelo TI Rio!

Distribuição geográfica – A maioria das empresas participantes está concentrada no Rio de Janeiro, reforçando o papel central da capital no cenário econômico do estado. No entanto, há uma presença relevante de empresas em cidades do interior e da Região Metropolitana, o que demonstra que o ecossistema empresarial no estado não está inteiramente centralizado. Isso sugere que há oportunidades e atividades empresariais distribuídas em diferentes regiões do estado, ainda que a capital continue sendo o principal polo econômico.

Perfil das empresas – Há maior presença de organizações consolidadas em operação há mais de 20 anos de mercado. Juntas, representam mais da metade desse nicho. Empresas mais jovens, com menos de 10 anos, representam uma menor proporção da amostra, indicando também, a presença de startups e negócios mais recentes.

Tamanho das empresas – Em relação ao número de colaboradores, a maioria das empresas participantes opera com pequenas e médias equipes, com até 50 colaboradores. Empresas de médio porte (51 a 250 colaboradores) também estão representadas de forma substancial, enquanto apenas uma pequena parcela de empresas tem acima de 500 colaboradores.

Geração – Em relação à faixa-etária da força de trabalho, observa-se que empresas de pequeno porte (1 a 10 colaboradores) tendem a ter uma maior diversidade geracional, com Baby Boomers, Gerações X, Y e Z, todas representadas. No entanto, conforme o tamanho das equipes aumenta, a diversidade geracional diminui, com a Geração Y e Z com maior presença.

A Geração Z e os Millennials (Geração Y) têm considerável presença em empresas de pequeno a médio portes. A Geração X atua ocupando posições de liderança em organizações de médio porte, o que é consistente com o momento de maturidade profissional dessa geração. Essa análise, sugere uma transição clara nas forças de trabalho, com as gerações mais jovens (Y e Z) assumindo papéis mais importantes em equipes pequenas e médias, enquanto os Baby Boomers estão concentrados em empresas menores.

Gênero – Quando se fala em inclusão de gênero, verificamos que o mercado ainda precisa avançar nesse sentido. A presença feminina está em crescimento, mas ainda não atingiu o equilíbrio entre homens e mulheres, principalmente na liderança. De acordo com Sylvia Meireles, diretora do TI Rio, embora o número de mulheres no setor esteja mais equilibrado, ainda há desafios importantes para ampliar sua presença em cargos de liderança. “Atingir esse equilíbrio é essencial para empresas que aspiram à verdadeira equidade de gênero e ao fortalecimento de uma cultura de inovação sustentável”, comenta.

O mapeamento revelou também que a presença de identidades de gênero fora do binário masculino-feminino é baixa, indicando que as empresas ainda têm um caminho a percorrer em termos de inclusão de gênero.

Remuneração – Em relação à remuneração profissional, a análise revela que as faixas salariais aumentam à medida que cresce a hierarquia de cargos, com os profissionais Juniores concentrados nas faixas mais baixas e os Diretores recebendo acima de R$ 20 mil, predominantemente. Os cargos intermediários, como Pleno e Sênior, apresentam uma distribuição mais ampla, refletindo diferenças de experiência e responsabilidade.

Qualificação – O levantamento aponta desafios e obstáculos para o recrutamento, capacitação e retenção de profissionais qualificados. Há escassez de profissionais experientes, especialmente nos níveis Pleno e Sênior, que atendam às expectativas de conhecimento e competências técnicas. Algumas empresas estão desenvolvendo estratégias de formação interna para preencher as vagas em aberto, como investir em treinamento interno para a atração e retenção de talentos. Vale observar que a expectativa dos profissionais nem sempre condiz com a capacidade da empresa de oferecer recursos atrativos.

Desafios (técnicos, comportamentais e culturais) – Há carência de formação característica para o mercado como, no-code/low-code, Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (ML) e Blockchain, tecnologias emergentes essenciais para o crescimento e inovação no setor de TI. E há uma necessidade urgente de qualificar profissionais nessas áreas. As empresas também estão enfrentando dificuldades com os soft skills e com a adaptação dos profissionais jovens à cultura organizacional, o que sugere a importância de desenvolver processos de integração mais robustos e de promover um equilíbrio entre expectativas de carreira e ambiente de trabalho.

O mapeamento do TI Rio destaca o potencial e os desafios do setor de TI no Rio de Janeiro. Com insights estratégicos e uma visão clara das lacunas de formação e inclusão, o estudo impulsiona as empresas a desenvolverem iniciativas que fortaleçam o setor e promovam o crescimento sustentável. Para acessar o levantamento completo, acesse o site do TI Rio (www.ti.rio).

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