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Investidor ativista defende saída de Marissa Mayer e mudanças estruturais no Yahoo

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A CEO do Yahoo, Marissa Mayer, voltou a ser criticada pelo investidor ativista Jeff Smith, que dirige a Starboard Value LP, empresa especializada em campanhas de acionistas ativistas. Em uma carta enviada nesta quarta-feira, 6, ao Conselho de Administração, ele pediu novamente mudanças na gestão da companhia e intensificou a pressão por um spinoff (separação) ou venda do seu negócio de internet.

“O ano passado foi um extremamente frustrante para os acionistas do Yahoo”, diz Smith na carta, apontando para uma “espiral descendente contínua no desempenho operacional e financeiro do negócio de buscas na internet e exibição de publicidade da companhia”. “A equipe de gestão da empresa, contratada para transformar o negócio de internet, não foi capaz de produzir resultados aceitáveis, causando declínios maciços na lucratividade e no fluxo de caixa”, escreveu. “Parece que os investidores perderam toda a confiança na administração.”

O presidente do Conselho de Administração do Yahoo, Maynard Webb, reafirmou no mês passado que a companhia não está à venda, embora tenha observado que o “board tem uma obrigação fiduciária de conversar com qualquer pessoa que venha a fazer uma boa oferta”. Mas Smith insiste — sem citar nomes — que existem potenciais compradores interessados e credíveis tanto na venda quanto na cisão da atividade principal do Yahoo. Esse movimento, entretanto, diz ele, exigiria uma mudança na gestão.

A carta desta quarta-feira segue a outra enviada em novembro do ano passado, quando a Starboard tornou públicas suas queixas, após cerca de um ano de conversas privadas. Na carta anterior, Smith criticou gestão do Yahoo, mas não chegou a pedir uma mudança no corpo diretivo. Agora, porém, deu um tom mais forte, defendendo uma mudança na liderança, ou seja, a saída de Marissa Mayer.

Em novembro do ano passado, a Starboard, que detém 0,8% das ações do Yahoo, também defendeu a cisão (spinoff) da participação de 15% que a companhia detém no portal chinês Alibaba, mas o conselho decidiu arquivar os planos de separação dessa participação.

A pressão da Starboard e de outros investidores aumentou a partir do momento que Marissa Mayer sugeriu que a retomada do crescimento do Yahoo levaria vários anos. E se intensificou ainda mais quando dezenas de executivos que haviam sido contratados para executar o plano de recuperação do Yahoo deixaram a empresa para trabalhar em outros lugares. A debandada foi tamanha que, segundo informou o The Wall Street Journal à época, Mayer teria convocado uma reunião com executivos seniores e pedido para assinassem um documento se comprometendo a permanecer na empresa por pelo menos mais três anos, o que jogou mais lenha na fogueira.

Diante da pressão, Marissa Mayer disse que irá anunciar um plano de reorganização mais detalhado na divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2015. Ao longo de sua gestão, o principal negócio do Yahoo encolheu. Em 2012, quando ela chegou à empresa, as receitas do Yahoo totalizaram US$ 4,5 bilhões. Em 2014, somaram US$ 4,4 bilhões, e para 2015 a expectativa é que reduzam ainda mais. Nos últimos 12 meses, as ações da companhia perderam 35% do valor, com base na cotação de terça-feira, 5.

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