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Bancos de bitcoins defendem moeda virtual e usam como ‘álibi’ fraude no Citigroup

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O sumiço de 850 mil bitcoins do Mt.Gox, o maior e mais conhecido banco de moedas virtuais do mundo, que resultou num prejuízo de quase meio bilhão de dólares aos clientes, trouxe novamente à tona a questão sobre a legalidade dessas transações. Embora bastante criticado pela falta de controles mais rígidos e de segurança nas transações, o Mt.Gox, sobre o qual também paira a desconfiança de que teria aplicado um golpe nos clientes, ganhou um álibi de peso.

É que na semana passada, o Citigroup divulgou ter descoberto a realização de empréstimos fraudulentos na sua subsidiária mexicana e que funcionários podem estar envolvidos no crime. O banco concedeu empréstimos a uma empresa da área de serviços de petróleo que já foi interditada pelas autoridades do país, no valor de cerca de US$ 400 milhões, garantidos por títulos falsos.

A revelação da fraude no Citigroup que animou os adeptos da moeda virtual. O argumento dos defensores das bitcoins é que, se uma das maiores e mais fortemente reguladas instituições financeiras do mundo podem também perder uma batelada de dinheiro, por que muitos falam em acabar com a moeda virtual, em razão do colapso do Mt.Gox. Eles também observam que, nos últimos anos, o sistema financeiro tradicional foi balançado por uma série de fraudes — como a aplicada por Bernard Madoff, a mais importante da história dos Estados Unidos, em que atraía investidores com a promessa de elevados lucros (pelo sistema de pirâmide) e por meio da qual chegou a obter US$ 50 bilhões.

Um dos que advogam intensamente pelas bitcoins é Brian Armstrong, cofundador e CEO do Coinbase, site usado para negociação de bitcoins e que recebeu investimentos de alguns dos fundos de capital de risco do Vale do Silício. O executivo disse que se reuniu com órgãos reguladores estaduais e federais para discutir as bitcoins. “Estamos chegando aos órgãos reguladores, porque queremos que esta seja uma indústria regulamentada”, disse ele a um articulista do New York Times. “Embora muitos não acreditem na possibilidade de regulamentação, nós pensamos que é uma maneira de ajudar as bitcoins a crescer e termos mais transações [com essas moedas] através da rede mundial.”

A maneira de garantir que casos como do Mt.Gox não ocorram, segundo ele, é melhorar a segurança, além da execução de auditorias independentes de sites. O Mt.Gox, por exemplo, nunca publicou uma contabilidade pública mostrando que possuía todos os fundos que afirmava ter armazenados, nem tampouco mostrou os métodos técnicos que estava usando para salvaguardar os fundos dos clientes.

Armstrong diz que, para evitar que algo semelhante aconteça, a Coinbase planeja contratar auditores independentes para realizar uma investigação pública sobre os fundos em seu poder. O site também afirmou recentemente ter realizado uma “auditoria de segurança” de seus processos técnicos, a qual que mostra que a empresa também realiza o “armazenamento a frio” de bitcoins, ou seja, em máquinas que não estão conectadas à internet.

Dinheiro assegurado

Outro defensor da moeda virtual é o Elliptic, site de bitcoins que desenvolvou um seguro opcional a seus clientes. Por meio do pagamento de uma taxa de cerca de 2% ao ano pelo cliente sobre o valor total que possui no banco, o site promete recompensá-lo em caso de roubo ou negligência que resultar na perda de seus fundos.

Do mesmo modo, a Inscrypto está trabalhando no que ela chama de “versão descentralizada do FDIC”, um sistema parecido com o Federal Deposit Insurance Corporation, que protege a conta corrente do cliente. O sistema, que ainda está em desenvolvimento, é muito mais complexo do que o seguro de depósito tradicional, usando operações de derivativos para se proteger contra oscilações de preços ou outros perigos envolvendo bitcoins. No momento, ainda não está claro o quanto isso vai custar, ou mesmo se ele será implantado.

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