O número de fusões e aquisições entre empresas no Brasil cresceu 15,6% no ano passado, totalizando 318 operações desse tipo. Os setores cujas transações mais cresceram foram o de tecnologia e telecomunicações, que, juntos, atingiram 47 operações de fusões e aquisições, número 62% maior que o registrado em 2009. Os setores já vinham de um salto de 59,4% em relação a 2008.
Os dados são da consultoria de negócios Dextron, que analisou todos as operações de concentração de mercado emitidas pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (SAE), do Ministério da Fazenda, entre 2009 e 2010. Ao todo, foram 709 operações classificados como fusões e aquisições, joint venture e alianças estratégicas, sendo 326 registradas em 2009 e 383, no ano passado.
De acordo com o levantamento, atrás de tecnologia e telecomunicações vêm os setores química e petroquímica e serviços gerais. Juntos, os três ramos da indústria responderam por 30% de todas as transações no ano passado. A Dextron aponta que 64% das operações desses setores tiveram como objetivo a ampliação das atividades das empresas, chamadas pela consultoria de operações de expansão horizontal. Observando apenas esse recorte, os movimentos de fusão e aquisição cresceram 52% em 2010.
A formação de joint ventures cresceu 55,2% no ano passado, sendo que o setor de serviços essenciais e infraestrutura respondeu por cerca de 25% dessas operações. Os investimentos em empresas, feitos por fundos de private equity, cresceram 68,8% entre 2009 e 2010 – de 16 para 27, de um ano para o outro.
Na opinião do consultor da Dextron, Gabriel Navarro, responsável pelo estudo, os resultados da pesquisa mostram que as empresas deram preferência nos últimos dois anos a operações que as permite assumir maior parcela de seus negócios. Isso, segundo ele, permitiu que fossem mantidas taxas de crescimento mesmo durante a crise econômica mundial.
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