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Como a Inteligência Artificial vai afetar sua vida?

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Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla e da SpaceX, parece não ter mesmo limites para suas invenciones futurísticas. O disruptivo empreendedor não quer apenas fabricar carros autônomos ou enviar humanos para Marte e está lançando uma nova empresa, batizada de Neuralink, que pretende, pasmem, conectar computadores diretamente ao cérebro, uma tecnologia chamada de ‘neural lace’ na qual eletrodos são implantados para dar capacidades computacionais ao ser humano.

Parece aterrorizante? Bem, a relação e fusão entre homens e máquinas já inebria nossa imaginação há muito tempo.

Já no filme Metropolis, de 1927, dirigido por Fritz Lang, o dono de uma empresa decide criar um robô com a aparência da líder dos operários para dominá-los e evitar uma rebelião, mas a máquina acaba por aumentar o ódio dos trabalhadores e incentivar a revolta.

Em outro clássico de 1968, 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, o computador central da Hal 9000 é capaz de tomar decisões independentes e consegue assumir o controle da nave.

No sucesso Matrix, de 1999, o personagem principal Neo, estrelado por Keanu Reeves, fica aprisionado a uma realidade virtual criada pelas máquinas. Em Eu, Robô, de 2004, um robô é investigado sob a suspeita de ter assassinado seu criador.

A possibilidade de máquinas conseguirem aprender sozinhas e se tornarem autônomas para realizar atividades antes reservadas aos humanos não é mais obra de ficção científica.

Nunca se falou tanto sobre robôs, realidade virtual, realidade aumentada, algoritmos, assistentes pessoais, chatbots, machine learning, deep learning, reinforcement learning, natural language processing, computer vision, image recognition e outras tecnologias que, combinadas, irão estabelecer uma nova era na interação entre os humanos e suas (velhas e novas) invenções.

A Inteligência Artificial (IA) se tornou o novo hype tecnológico, dando início a uma corrida frenética entre gigantes como Baidu, Google, Apple, Facebook, Amazon e Salesforce para definir quem vai liderar a aclamada nova fronteira no mundo dos negócios que irá separar empresas inovadoras e exponenciais das concretadas no passado pré-digital.

Em uma definição simplória no blog da Amazon Web Services, Inteligência Artificial é “um serviço ou sistema que pode realizar tarefas que usualmente requerem nível de inteligência humana, como percepção visual, reconhecimento de fala, tomar decisões ou fazer traduções”.

Até aqui, o grande desafio para o ganho de escala destes sistemas foi a grande demanda por armazenamento e processamento de dados, que, além de necessitar de bastante espaço físico em HDs, consomem muita energia.

Mas uma a uma as barreiras vêm sendo derrubadas e abrindo espaço para o rápido despertar de um mercado estimado pela empresa de inteligência de mercado Tractica em US$ 37 bilhões até 2025.

A disputa já começou e coloca no ringue legítimas representantes da economia digital, do Vale do Silício a China. De acordo com relatório da CBInsights, Google, IBM, Yahoo!, Intel, Apple, Salesforce, Ford, Samsung, GE e Uber, nesta ordem, estão na briga pela liderança na aquisição de empresas de Inteligência Artificial. Desde 2012, mais de 200 startups de IA foram adquiridas; 30 somente no primeiro trimestre deste ano.

As aplicações são inúmeras e a Inteligência Artificial, não é exagero dizer, ainda tem o cérebro de um bebê.

Em alguns anos, no caso de tecnologia é sempre arriscado dizer quantos, alcançaremos a Strong AI, que levará as máquinas, na previsão de pesquisadores, ‘a realizar quase qualquer tarefa cognitiva melhor do que os humanos’.

A viabilidade do desenvolvimento de soluções veio com o recente avanço e a combinação de diversas tecnologias, como o cloud computing, a nanocomputação, softwares preditivos, de processamento de linguagem natural e de big data.

Com o armazenamento na nuvem e o uso de processadores e sensores cada vez menores e com alta capacidade de análise e interpretação de yottabytes de dados, a Inteligência Artificial irá rapidamente se incorporar ao nosso cotidiano transformando negócios em áreas tão distintas quanto medicina, comércio, transporte, marketing, mídia, serviços financeiros e lançando produtos inteligentes que serão nossos próximos sonhos de consumo.

Você pode até não ter percebido, mas a Inteligência Artificial já está aí, no seu PC, no seu smartphone ou no seu carro, coletando e interpretando dados que você mesmo fornece ao fazer uma busca no Google, procurar um endereço no GPS ou perguntar algo ao Siri.

Quanto mais você teclar no Chrome, navegar no Facebook, traçar uma rota no Waze, conversar com o iPhone ou pesquisar no oráculo de Larry Page, mais essas empresas sabem sobre você e podem antecipar seus desejos.

É por isso que dominar a Inteligência Artificial é tão importante e vale acompanhar os passos das gigantes de tecnologia.

O negócio do Google já nasceu notoriamente sustentado na IA e o leitor deve ter notado que, vamos reconhecer, o sistema melhorou ao longo do tempo, antevendo o que está procurando e trazendo resultados mais precisos.

Nos últimos anos, a empresa comprou várias startups de algoritmos e robótica, como a Boston Dynamics e a Deep Mind. Para atrair talentos na área, deu outro importante passo com a abertura do seu software TensorFlow aos desenvolvedores.

A Amazon desenvolve sua plataforma de machine learning desde os anos 90 e oferece a qualquer empresa que queira implementar sistemas de Inteligência Artificial uma série de serviços, como o Amazon Machine Learning Service, desenhado para desenvolvedores que não têm experiência na tecnologia.

Colocando suas fichas no Siri, a Apple comprou em 2015 duas startups – a VocalIQ, de reconhecimento de voz, e a Perceptio, de reconhecimento de imagem.

O Facebook tem um laboratório focado em IA comandado por Yann LeCun, professor da New York University e um dos mais renomados pesquisadores na área de deep learning. A empresa de Zuckerberg também abriu aos desenvolvedores alguns projetos do software de machine learning Torch.

Não é difícil perceber a inteligência por trás da rede social e ninguém mais pode se dizer inocente de que estamos, sim, sendo vigiados.

Do outro lado do mundo, o gigante Baidu mostra disposição não apenas para exterminar o poder mundial do Google no território chinês. A empresa comandada por Robin Li vem demonstrando obstinação em desenvolver seu sistema de busca a ponto de entender cada vez melhor as perguntas feitas pela voz humana, o que irá proporcionar um diálogo cada vez mais natural entre o homem e robôs como fantasiado nos filmes de ficção.

O Google com o Home e a Amazon com o Echo já estão em queda de braço pelo mercado de smart speakers, equipamentos que ao comando de voz respondem perguntas, informam a previsão do tempo e notícias, controlam equipamentos de Internet das Coisas, tocam música e, claro, estão sempre aprendendo mais sobre seus donos.

O grande valor destas empresas que irão liderar a inovação catalisadas pela Inteligência Artificial não estará somente nas tecnologias que continuarão desenvolvendo, mas em quanto serão capazes de interpretar e prever o comportamento humano.

Se vamos ou não criar no futuro uma nação de androides só o tempo irá mostrar, mas uma coisa a turma de Musk, Larry, Mark, Robin e cia tem certeza: sua vida nunca mais será a mesma.

Omarson Costa,  formado em Marketing, tem MBA e especialização em Direito em Telecomunicações. Em sua carreira, registra passagens em empresas de telecom, meios de pagamento e Internet.

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