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Coronavírus e a digitalização nos negócios

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O avanço global do coronavírus tem provocado uma ruptura no modo de produzir tradicional do mundo corporativo. Se no início dos anos 2000 as companhias estavam preocupadas com o avanço da internet, é possível dizer com segurança que, em 2020, o trabalho remoto tem sido uma questão de proporções semelhantes – capaz de causar dor de cabeça até mesmo em líderes de companhias consolidadas.

Fato é que, da manufatura ao setor de saúde, todos os setores estão reavaliando os modos de produção e atendimento ao cliente. Para sobreviver em meio à crise, é necessário pensar de forma criativa e agir de modo eficaz a fim de garantir o relacionamento com clientes e a saúde de colaboradores. A tarefa está longe de ser fácil: em meio às dúvidas a respeito das melhores soluções e de como empregá-las no dia a dia da operação, há que se superar desafios estruturais, por vezes utilizando a tecnologia como motor essencial para essa transformação.

Nesse ponto tão sensível e crucial, reside uma oportunidade sem precedentes para companhias de TI. Para além da oferta de entretenimento ou de soluções que sirvam diretamente aos consumidores, o mundo B2B traz à tona a importância de termos até então aparentemente distantes para muitas companhias, como eficiência operacional, processos de robotização RPA e soluções para e-commerce robustas.

Até mesmo sob um aspecto de tecnologias avançadas há novas oportunidades. Notícias apontam, por exemplo, para o uso do Blockchain como ferramenta para rastrear o avanço global da doença e colaborar para o fornecimento de estatísticas.

Ainda no aspecto da saúde, outro ponto merece atenção, especialmente no mercado brasileiro: o uso da telemedicina. Em uso na Europa há mais tempo e regulamentada no Brasil recentemente, a ferramenta deve colaborar para o diagnóstico acelerado da doença ao mesmo tempo em que reduz a quantidade de pessoas em hospitais, também colaborando de forma conjunta para a quarentena imposta em todo o país.

Já no setor de consumo, a ascensão do e-commerce é um ponto que pode ser observado claramente em todas as regiões. Supermercados estão adaptando os esforços logísticos para atender à alta demanda, um claro reflexo da necessidade de dar resposta aos clientes por meio das plataformas virtuais de maneira eficaz.

Até o setor de meios de pagamento está passando por transformações que exigem o uso da tecnologia. Nos EUA e Inglaterra, dados apontam para o crescimento expressivo do uso de meios contactless em substituição ao tradicional cartão de crédito – ainda tão usado no Brasil. Do outro lado do mundo, na Coreia do Sul, o dinheiro recebido dos bancos locais deve ficar em quarentena durante duas semanas para garantir que as cédulas não carreguem o vírus, de acordo com agências de notícias.

Ou seja, poucos são os setores a passarem por esse momento sem transformações. E todos, sem exceção, conseguem agora entender a importância de profissionais qualificados e empresas de tecnologia como fator essencial para atravessar esse período tão conturbado. As companhias que conseguirem passar por isso com sucesso certamente deverão contar com mais reforço e apoio da TI não só agora, mas durante os próximos anos, entendendo de forma clara os benefícios que os processos digitais podem oferecer – em termos de produtividade e economia de custos, para citar alguns.

Do ponto de vista dos consumidores, a transformação também não deve ter um fim tão cedo. O e-commerce deve ganhar ainda mais adeptos após esse período e a telemedicina deve ganhar força durante os próximos anos como um modelo de atendimento eficaz. Uma vez que a barreira com o mundo digital é superada e as facilidades para o dia a dia são conquistadas, a tendência é a de que o caminho seja seguido daí para frente, com cada vez mais pessoas envolvidas com o ambiente digital.

No âmbito dos serviços públicos, o impulso às tecnologias digitais também deve ser alavancado pelos impactos do momento atual. Cidadãos que ainda não utilizavam canais digitais para interagir com a administração pública, se viram forçados a fazê-lo em decorrência do isolamento social imposto e certamente estão desenvolvendo hábitos que não devem retroceder, uma vez superado o quadro do coronavírus. Estas pessoas estão descobrindo uma nova forma de se relacionar com os serviços oferecidos pelos municípios, estados, departamentos de trânsito, tribunais, entre outros, e seguramente a nova cultura digital adquirida pelos cidadãos fomentará o avanço da transformação digital nas esferas públicas.

Para que tudo isso aconteça, novamente, o papel das companhias de TI é essencial. É necessário estar atento para oferecer as soluções corretas no timming certo e colaborar para melhorar a vida das pessoas por meio dos serviços digitais. Companhias que souberem aproveitar esse momento, certamente lograrão resultados positivos não só agora, mas pelos próximos anos.

Eduardo Almeida, CEO da Indra no Brasil.

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