O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) anunciou a criação da Câmara Setorial de Tecnologia, com a entrada como associada da Microsoft Brasil. O setor de software no Brasil hoje, segundo o instituto, está majoritariamente na ilegalidade, em que apenas 40% das vendas correspondem a produtos legítimos. As perdas acumulam US$ 1,2 bilhão por ano, segundo estudo da Business Software Alliance (BSA).
Com a entrada da Microsoft Brasil, o Etco cria sua sexta câmara setorial, a de tecnologia, que se junta às de combustíveis, cerveja, refrigerantes, fumo e medicamentos. ?A tecnologia é um dos maiores motores do desenvolvimento econômico. Consideramos que a entrada da Microsoft Brasil fortalece ainda mais o trabalho que o instituto vem desenvolvendo para a melhoria do ambiente de negócios no Brasil?, declarou André Franco Montoro Filho, presidente executivo do Etco.
?Para a Microsoft Brasil, a entrada no Etco é de fundamental importância para a valorização de um ambiente de negócios justo. A missão do instituto de ajudar a criar no Brasil condições para um mercado ético deve ser seguida por todas as empresas?, afirmou o diretor geral de assuntos corporativos e jurídicos da Microsoft Brasil, Rinaldo Zangirolami.
Para o executivo, os avanços obtidos pelo Etco ao longo dos últimos anos, principalmente na questão tributária, são fundamentais no caminho de um mercado livre da ilegalidade. ?Quando diminuirmos a carga tributária, as empresas éticas terão mais condições de concorrer com empresas sonegadoras. E precisamos caminhar nesse sentido?, explicou Zangirolami.
Segundo ele, os tributos incidentes no Brasil sobre consoles de videogames, por exemplo, são maiores que aqueles que recaem sobre as máquinas de videopôquer. ?Temos que investir cada vez mais na conscientização e educação da sociedade e mostrar que o mercado ilegal é mantido pelo crime organizado. Nosso foco é conscientizar o consumidor sobre os malefícios da cumplicidade com a falsificação e as práticas ilegais?, finalizou Zangirolami.