Publicidade
Início Notícias Gestão Em parceria com Intel, TIM investe em virtualização de redes

Em parceria com Intel, TIM investe em virtualização de redes

0
Publicidade

Após transformações internas recentes, o foco da TIM em infraestrutura para suportar o aumento da receita de dados começa a ganhar corpo: a operadora deu início ao projeto de virtualização de sua rede. O objetivo é claro: ganhar escalabilidade, reduzindo o tempo de lançamento (time to market) de novos produtos, incluindo serviços de cidade inteligente, como segurança e educação, até novas tecnologias como voz sobre LTE (VoLTE) e, futuramente, 5G. Para tanto, a tele assinou recentemente um memorando de entendimento (MoU) para contrato de duração de dois anos com a Intel, que contribuirá com a implantação do projeto com assessoria estratégica, suporte tecnológico e capacitação e treinamento.

Na verdade, trata-se de uma extensão de parceria com a fabricante de processadores. Segundo explica a este noticiário o diretor de engenharia da TIM, Marco Di Costanzo, o acordo de cooperação tecnológica utilizará a experiência da Intel para assessoramento na definição do ecossistema para a criação de novos modelos operacionais e de negócios para a infraestrutura virtualizada, além da implantação de melhores práticas. “Temos de encontrar forma para moldar nossa infraestrutura para que o custo de Capex e de Opex seja reduzido de forma importante”, justifica. Ele ressalta que não se trata da única resposta para a melhoria operacional, mas que é importante para esse fim. “Estamos em fase de começo de percurso que acredito ser amplamente claro e irreversível. Não temos estimativa de redução, todas deverão ser comprovadas com fatos, mas esperamos eficiência de pelo menos 30% ou 40%.”

A virtualização inclui o core da rede e usará as tecnologias de virtualização de funções de rede (NFV) e de rede definida por software (SDN). Di Costanzo confirma que, com isso, a infraestrutura da empresa ganha agilidade: não é necessário instalar equipamentos e ativos físicos no backend para entregar novos produtos – ele cita automóveis conectados, máquina-a-máquina (M2M) e “qualquer tipo de serviço digital”. “Estamos chegando ao core de rede e já temos um core IMS com serviço de VoLTE e IMS (sistema de controle), que são serviços que rodam em cima, ambos virtualizados”, declara. Quando perguntado se isso significa que a TIM já poderia lançar uma solução de voz em alta definição sobre LTE, o diretor da empresa confirma, mas não dá prazo. “Vai ser cedo”, despista.

O acordo com a Intel não é exclusivo, embora a operadora a considere como uma importante parceira no projeto. Di Costanzo ressalta que a iniciativa é baseada em um “conceito lógico de colaboração” irreversível. “Não enxergo futuro sem a virtualização”, determina.

Intel

Apesar de ser mais conhecida pelo fornecimento de componentes computacionais, a Intel também atua com virtualização com bancos, governo, varejo e mesmo telecomunicações. “Esse MoU com a TIM vai na direção de trazer as melhores práticas, trabalhar junto com eles mostrando benefícios e ajudando a implantar a rede deles”, disse a este noticiário o porta-voz da fornecedora, Fábio de Paula. Ele confirma que a implantação da rede virtualizada tem um potencial de impacto importante. “Algo que você levava 90 dias para colocar no ar, no virtualizado você faz em cinco vezes menos tempo. O que levava meses para montar em infraestrutura, para colocar servidor, faz agora em semanas. E depois, com cloud e provisionamento de software, você faz em dois dias. Isso já é realidade em TI e agora está indo para telecom.”

O contrato de dois anos, explica o porta-voz, visa delimitar o escopo de trabalho para dar melhor visibilidade no projeto. A colaboração tecnológica prevê o mapeamento conjunto de NFV e SDN. A Intel conta com acordo semelhante com a América Móvil no México, e Fábio de Paula diz que a companhia está fazendo “trabalho com várias empresas em paralelo”. “No ambiente de telecom hoje, eu diria que NFV e SDN são grandes tecnologias que conseguem acelerar bastante e tem muitos benefícios nessa questão (de transformação digital das empresas)”, finaliza.

Estratégia

A proposta está em linha com a estratégia de evolução da rede da TIM e de otimização financeira. O plano de eficiência de custos para o triênio 2015-2017 de valor total de R$ 1 bilhão está atualmente em 40%, com expectativa de economias de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões no primeiro trimestre. Ainda assim, a empresa investe na ampliação de sites conectados com fibra: no último trimestre, a companhia apresentou 4,8 mil sites, 26% a mais do que o começo de 2015.  Do total de sites, 8 mil são 4G e 12,5 mil são 3G. O projeto de HetNet instalou 234 novos sites (entre small cells e Wi-Fi) no período, totalizando 3,1 mil no País.

O plano plurianual da companhia entre 2016 e 2018 prevê investimentos de R$ 14 bilhões. Somente no primeiro trimestre, a empresa totalizou R$ 710 milhões (18,4% da receita) no Capex, sendo 88% destinado à infraestrutura.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile