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Setor automotivo acelera crescimento da Siemens PLM

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BOSTON (EUA) — As transformações pelas quais passa o mercado automotivo mundial têm impulsionado o crescimento da Siemens PLM Software acima de 10%, índice que deve atingir o dobro no Brasil, tendo em vista os investimentos que as empresas do setor estão realizando no país. A informação é do presidente e CEO, Chuck Grindstaff, que abriu a conferência para analistas e jornalistas na última quarta e quinta-feira, 4 e 5, na cidade de Boston, nos Estados Unidos.

O executivo, que promoveu uma reformulação na organização a partir de 2010, criando oito verticais de negócios (aeroespacial, automotivo, consumo, eletrônica, energia, máquinas, marinha e médica), declarou que ela assumiu a liderança do mercado ultrapassando as principais concorrentes. “Nossa estratégia é unir o real e virtual através de uma plataforma digital corporativa para o desenvolvimento e produção integrada’’, explicou.

A Siemens PLM Software faz parte do grupo Siemens, que faturou 78 bilhões de euros em 2012, motivo pelo qual não revela números separados. A empresa vem adquirindo diversas empresas do setor nos últimos anos, mas Grindstaff acredita que daqui para frente o crescimento da operação será orgânico pois, segundo ele, o movimento de consolidação das companhias de CAD-CAM já completou seu ciclo, apesar de fazer uma ressalva que possa adquirir software houses que tenham soluções complementares.

Ele explica que o otimismo vem das mudanças estruturais no mercado automotivo, cujo novo consumidor exige que os carros venham de fábrica customizados, refletindo em flexibilidade de design, produção e logística, o que só pode ser atendido com uma plataforma digital integrada para atender o “time-to-market”. Pesquisa da McKinsey mostra que 1,8 bilhão de consumidores com esse perfil fará parte do mercado comprador de veículos até 2025.

Outro fator que impulsiona o segmento de PLM (sigla em inglês para gerenciamento do ciclo de vida de produto) é que hoje mais de 70% dos veículos produzidos são direcionados para o mercado de exportação, exigindo uma grande diversidade de modelos e características próprias de cada local. Outros fatores mencionados pelo executivo são o crescimento explosivo do mercado chinês, a necessidade da economizar energia e a indústria ter práticas sustentáveis.

“O futuro da tecnologia será uma plataforma ‘cyber-física’ que se aperfeiçoa através do seu próprio aprendizado, alimentada por uma base analítica [big data], modelos virtuais e cenários dinâmicos. Mas antes disso, passaremos por toda uma reformulação da produção com processos conseguidos através de softwares inovadores”, previu o executivo.

PLM na América Latina

A América Latina representa, segundo Grindstaff, menos de 10% do mercado mundial de soluções de PLM, mas mostra índices de crescimento acima da média do setor, liderado pelo Brasil, seguido do México, Colômbia, Chile e Argentina.

De acordo com a pesquisa “Manufacturing Insights”, que compara os mercados da Ásia-Pacífico (AP), Europa Central-Oriente Médio (CEMA) e América Latina (Latam), os latinos são o que menos reconhecem o valor de usar ferramentas de PLM, sendo 17,1% contra 38% da Cema e 45,63%, da AP.

Segundo Christopher Holmes, diretor da IDC que conduziu a pesquisa, a redução de custo é o principal motivo para adesão das empresas da América Latina ao PLM, com índice de 41,83% contra 33,05% da AP e 32%, da Cema.

David S, Shook, vice-presidente sênior das Américas, afirma que o Brasil representa 90% do mercado da empresa, sendo que o segmento automotivo domina 65% da base instalada, com empresas relevantes como GM, Volkswagen e Fiat. “Temos expectativa de crescimento no país devido aos investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura, para a Copa de Mundo e Olimpíadas, que trouxe demanda de softwares voltados à indústria de máquinas pesadas e de transporte urbano.”

“Além disso, recebemos encomendas das áreas de energia e bens de consumo (indústria calçadista) e estamos na expectativa de fechar um contrato relevante com uma empresa do setor de petróleo e gás”, acrescentou Shook.

Lançamento

Para acelerar a adoção das ferramentas PLM em alinhamento com as exigências de time-to-market, valorizar o retorno do investimento (ROI), a Siemens PLM Software anunciou o Industry Catalyst Series, uma combinação de pacotes pré-definidos (templares) que aceleram e facilitam a adoção de aplicações por segmento de mercado. “O Catalyst é um degrau para uso de melhores práticas da indústria, onde colocamos o conhecimento profundo que coletamos nesses trinta anos de trabalho com os clientes”, enfatizou Grindstaff, acrescentando que ele reduz o TCO (custo de propriedade) entre 25% e 30%.  

Para atender a demanda de pequenos e médios fabricantes, a Siemens PLM também anunciou uma nova forma de comercialização da ferramenta de CAD Solid Edge através de assinatura mensal, que pode ser adquirida por cartão de crédito.

Hoje ela conta com uma base de licenças instaladas de 500 mil usuários em todo o mundo, e por meio dessa iniciativa a empresa pretende conseguir uma nova classe de fabricantes inovadores, desenvolvedores independentes e pequenos escritórios de projetos. O programa está disponível nos EUA, Inglaterra e Japão. O Brasil ainda depende de ajustes fiscais para fazer parte do mesmo.

*O jornalista viajou a Boston a convite da empresa.

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