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Reino Unido acusa Google de comportamento anticompetitivo em publicidade

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A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) emitiu uma declaração formal de objeções contra o Google, acusando a gigante da tecnologia de práticas anticompetitivas no mercado de publicidade. As conclusões provisórias da CMA indicam que o Google utilizou sua posição dominante nos serviços de tecnologia de anúncios para restringir a concorrência, levantando preocupações sobre o impacto dessas práticas nos anunciantes e editores do Reino Unido.

A declaração da CMA surge em meio a um aumento no escrutínio regulatório global das grandes empresas de tecnologia, com uma pressão crescente por responsabilização e maior transparência em suas operações. O foco agora está no controle do Google sobre o mercado de publicidade digital, onde a empresa oferece serviços essenciais para a intermediação entre editores e anunciantes.

De acordo com um estudo de 2019, editores e anunciantes do Reino Unido gastaram cerca de £ 1,8 bilhão anualmente em serviços de tecnologia de anúncios, com grande parte desses gastos direcionados para a tecnologia do Google. A CMA alega que o Google prejudicou a concorrência ao favorecer seus próprios serviços de tecnologia de anúncios em detrimento dos concorrentes, prática conhecida como “autopreferência”.

Segundo a CMA, isso não só prejudica diretamente a capacidade dos concorrentes de competir, mas também pode ter levado ao aumento dos custos para editores e anunciantes que dependem das ferramentas do Google. As investigações sugerem que a gigante da tecnologia teria cobrado cerca de 20% de cada lance processado no AdX, uma plataforma essencial dentro de seu ecossistema de tecnologia de anúncios.

O domínio do Google no setor de publicidade online é alimentado por uma série de ferramentas integradas, como o Google Ads, DV360 e DoubleClick For Publishers, todos conectados ao AdX, a plataforma que centraliza as transações de anúncios. Esse controle abrangente permitiu ao Google consolidar sua posição no mercado e potencialmente cobrar taxas mais elevadas, o que, segundo a CMA, distorceu a concorrência e prejudicou os outros players da indústria.

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