91% dos líderes de negócios consideram as pessoas como seu maior ativo, aponta pesquisa

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Nove entre 10 líderes de negócios do Brasil (91%) consideram suas pessoas como seu maior ativo, mas 68,8% acreditam que sua organização subestima as necessidades dos colaboradores ao planejar programas de transformação. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela Dell Technologies sobre os desafios da transformação digital pelas companhias para a sua força de trabalho.

A pesquisa, batizada de Breakthrough, realizada em mais de 40 países, incluindo o Brasil, aponta que depois de dois anos de transformação digital acelerada, 43,5% dos líderes de empresas brasileiras dizem que sua organização sabe o que é necessário para a transformação. Entretanto, depois dessa rápida mudança, muitos funcionários agora enfrentam o desafio de acompanhar o ritmo.

A pesquisa foi realizada em parceria com a Vanson Bourne e contou com mais de 10 mil participantes totais, sendo 400 executivos brasileiros, entre tomadores seniores de decisões de negócios, tomadores de decisões de TI e trabalhadores do conhecimento (funcionários envolvidos na transformação digital). O estudo revela ainda que mais de dois terços (68,8%) dos brasileiros que participaram das entrevistas acreditam que suas organizações subestimam como interagir com seus funcionários adequadamente durante o planejamento de programas de transformação.

Os resultados do recorte brasileiro destacam como o período recente de rápida transformação está deixando empresas e sua força de trabalho com a necessidade de tempo para recarregar, refletir e refinar antes de embarcar em novos projetos ou repeti-los. Apesar do grande progresso e dos esforços nos últimos anos, a pesquisa destaca como ainda há uma possibilidade de a transformação estagnar, pois:

  • 63% dos participantes ouvidos no País acreditam que a resistência de seus funcionários à mudança possa levar ao fracasso.
  • 45% dizem que ainda têm a preocupação de poder ficar para trás devido à falta de visão/autoridade sênior para agora aproveitar a oportunidade na sua frente.

Segundo Diego Puerta, Presidente da Dell Technologies no Brasil, o estudo demonstrou que embora haja uma compreensão da importância do fator humano na jornada de transformação digital das empresas, especialmente durante a pandemia, ainda carece uma percepção mais apurada por parte dos tomadores de decisão sobre o que os seus profissionais realmente precisam e sentem.

"Nós entendemos que há uma distinção muito grande entre uma empresa afirmar ser inovadora para os seus consumidores, mas, por outro lado, não garantir um ambiente de inovação para os seus próprios times", afirma Puerta. "Embora as empresas não possam se transformar sem a tecnologia certa, essa tecnologia ainda precisa ser gerenciada por pessoas e, mais importante, elas precisam ser trazidas para a jornada. O estudo Breakthrough mostra a importância crítica de valorizar as pessoas ao executar planos de modernização, e garantir que elas se sintam capacitadas e apoiadas para tentar, falhar e aprender, a fim de mover-se ao que chamamos de inovação."

A pesquisa ainda conclui que agora é o momento ideal para que as organizações façam um balanço antes de embarcar em novos projetos de transformação digital, engajando sua força de trabalho no processo e garantindo que ela tenha apoio e clareza em relação à próxima etapa de implementação.

Comparando a prontidão para mudança digital

A Dell e especialistas em comportamento independentes estudaram o desejo dos participantes da pesquisa pela mudança digital e descobriram que apenas 20% da força de trabalho do Brasil, que vai de líderes de negócios seniores a equipes e tomadores de decisões de TI, estão buscando projetos de modernização. Além disso, quase um terço dos participantes (Brasil: 30%) estão lentos ou relutantes a adotar mudanças.

Atualmente, a força de trabalho do Brasil, segundo identificado na pesquisa, é formada por:

O estudo projeta um caminho à frente, indicando oportunidades para que as empresas se concentrem e acompanhem a transformação com avanços no cruzamento de pessoas e tecnologia em três fronteiras:

  1. Conectividade

As empresas realizaram grandes feitos para conectar, colaborar e conduzir negócios on-line durante a pandemia. Mas eles ainda não estão acabados.

Mais de três quartos (76,3%) dos participantes brasileiros disseram que precisam que suas organizações forneçam a infraestrutura e as ferramentas necessárias para poder trabalhar em qualquer lugar (além da autonomia de escolher seu padrão de trabalho de preferência). Esse resultado mostra que as organizações têm a preocupação de que seus funcionários possam ficar para trás porque não têm a tecnologia certa para mudar para um modelo altamente distribuído, no qual trabalho e computação não estão vinculados a um local central, mas ocorrem em todos os lugares.

A tecnologia em si não é suficiente. As empresas também precisam tornar o trabalho igualitário para pessoas com diferentes necessidades, interesses e responsabilidades, incluindo os 85% dos participantes brasileiros que gostariam que sua organização tomasse alguma das seguintes medidas:

  • Definir claramente o compromisso contínuo da organização com acordos de trabalho flexível e as questões práticas para fazer com que isso funcione
  • Capacitar líderes para gerenciar equipes remotas de maneira eficiente e igualitária
  • Habilitar funcionários para escolher seu padrão de trabalho de preferência e fornecer as ferramentas/infraestrutura necessárias
  1. Produtividade

O tempo das pessoas é limitado, e existe uma quantidade menor de candidatos qualificados em comparação ao número de vagas abertas no mercado. Para lidar com essas demandas, as empresas podem delegar tarefas repetitivas a processos automatizados e liberar as pessoas para se concentrarem em trabalhos enriquecedores e de maior valor.

Atualmente, menos da metade (41%) dos brasileiros dizem que seu trabalho é estimulante e não repetitivo. Com a oportunidade de automatizar tarefas mais repetitivas, 77,3% dos profissionais do País gostariam de aprender novas tecnologias e habilidades muito procuradas, como habilidades de liderança, cursos em Machine Learning ou se concentrar em oportunidades mais estratégicas para promover sua função.

  1. Empatia

Na sua essência, as empresas devem construir uma cultura com base no exemplo de líderes empáticos, que tratam as pessoas como sua maior fonte de criatividade e valor.

A pesquisa mostra que ainda há muito trabalho a ser feito, e que a empatia deve embasar a tomada de decisões — desde simplificar a tecnologia para metade (48,8%) dos participantes brasileiros que, muitas vezes, se sentem apreensivos com tecnologias complexas, a adaptar programas de mudança de acordo com as habilidades das pessoas (47% dos funcionários acreditam que seus líderes já façam isso) no Brasil.

Metodologia da pesquisa:

O trabalho de campo foi conduzido por uma empresa de pesquisa de mercado, a Vanson Bourne, de agosto a outubro de 2021 em mais de 40 locais de todas as regiões do mundo. Participaram 10.500 tomadores seniores de decisões de negócios, tomadores de decisões de TI e trabalhadores do conhecimento (funcionários envolvidos na transformação digital), sendo 400 deles no Brasil. A pesquisa global completa está disponível neste link.

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