A Apple divulgou na última terça-feira, 5, seu primeiro relatório de transparência, que traz dados sobre pedidos feitos por governos ou agências oficiais, no período de janeiro a junho deste ano, relativos às contas de clientes, bem como aqueles relacionados a dispositivos específicos.
De acordo com o documento, o governo dos Estados Unidos lidera o número de solicitações. A Apple recebeu entre 1 mil e 2 mil solicitações de 2 mil a 3 mil contas no primeiro semestre, porém não especificou quantos dados conseguiu reunir, afirmando que o número ficou entre zero e mil. Na sequência aparece o Reino Unido, com 127 solicitações de 141 usuários e Espanha, com 102 requisições de 104 usuários.
Embora o governo brasileiro apareça em 13º lugar, com apenas oito solicitações de informações de oito contas específicas de clientes — todas rejeitadas, segundo a Apple —, o número de equipamentos envolvidos foi bastante elevado: 5.057 dispositivos, o maior número, perdendo apenas para os EUA (8.605). O Brasil é o único país latino-americano que aparece na lista.
"Acreditamos que nossos clientes têm o direito de entender como suas informações pessoais são tratadas, e consideramos que é nossa responsabilidade dar-lhes a melhor proteção de privacidade disponível", declarou a Apple em comunicado.
O documento divulgado é similar a outros apresentados nos últimos meses pelo Facebook e Yahoo, empresas de internet acusadas de colaborar estreitamente com o programa de espionagem Prism dos EUA, que veio à tona após vazamentos feitos pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana, Edward Snowden.