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Open Banking: a revolução financeira para as PMEs

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Com o objetivo de promover um sistema bancário e financeiro mais inclusivo e competitivo, o Open Banking chega ao Brasil trazendo muitos aprendizados para os bancos. O país avança bastante na prática do serviço e está na 4ª posição no ranking global, de 12 países que já trabalham nas implementações. É o mais abrangente em termos de escopo de serviços oferecidos se comparado aos outros países. Mesmo recente, o sistema no Brasil tem mais avanços do que o seu pioneiro, o Reino Unido, por exemplo, onde já foi implantado há 3 anos.

Em pesquisa do BS2 com mais de 400 gestores de pequenas e médias empresas, 78% acreditam que o sistema bancário está se modernizando devido a chegada de inovações tecnológicas, como Pix e Open Banking. As duas novidades se complementam e a nova forma de compartilhamento de dados irá impulsionar ainda mais o sistema de pagamentos instantâneos, que já completou um ano. O Open Banking quebra o monopólio dos bancos na detenção da informação dos seus clientes e, a partir de agora, os dados pertencem às pessoas e empresas, que poderão utilizá-los para obter uma melhor gestão financeira, agregando contas em um só lugar, por exemplo.

Com a possibilidade de outras instituições avaliarem o comportamento financeiro e de crédito de um usuário, e terem acesso ao seu histórico, novas ofertas e oportunidades despontam no horizonte, principalmente para as Pessoas Jurídicas, que possuem relações mais estreitas com os bancos. Pequenas e médias empresas terão mais facilidade e menos custo para gerir o fluxo de caixa e para receber pagamentos. Em pesquisa do BS2, 53% dos entrevistados afirmam que taxas mais atrativas são motivo para uma possível troca de instituições. O Open Banking vem para aumentar a concorrência, baratear custos, incentivar a isenção de taxas, além de provocar uma personalização dos produtos e serviços.

Contudo, é esperado que a curva de adoção seja menos acentuada que a do Pix e que chegue em seu ápice em dois ou três anos, conforme o sistema for se popularizando. Caberá ao mercado aproveitar essa interoperabilidade para criar novos produtos, entender e oferecer o que o cliente precisa.

Nem só de oportunidades nasce o Open Banking e os desafios apareceram desde o início do processo, principalmente para aqueles que precisaram começar de imediato a adequação para essa nova maneira de troca de informações e dados. As áreas de tecnologia, que já tinham um papel fundamental na usabilidade e segurança das instituições, precisaram ir mais além e inovar. É um sistema que já surge com a necessidade dos bancos interoperem entre si, demandando, além de tempo e investimento, a cooperação.

Do ponto de vista tecnológico, os sistemas são bastantes seguros e existe uma maturidade muito alta. O Open Banking já nasce ancorado na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que descortinou essa preocupação com os dados dos clientes e isso vale para todas as empresas, sejam digitais ou não. Hoje, as empresas já entendem o limite de que os dados pertencem ao titular. De toda forma, essa preocupação com a segurança não é infundada.

Vemos hoje uma migração dos criminosos do mundo off para o online. E isso se dá porque o dinheiro está no mundo virtual. No entanto, apesar desta migração, a conscientização das pessoas não acompanhou e é nesse momento que o trabalho de educação financeira e medidas antifraudes serão grandes aliadas para difundir a utilização pelo público. É preciso esclarecer, por exemplo, que assim como não se usa um caixa eletrônico tarde da noite em um local ermo, com o Open Banking também é necessário cuidar com quem estão sendo compartilhadas as informações. E ainda que fique bem claro o cuidado com a privacidade dos dados, a responsabilidade também está nas mãos do cliente. Intensificar a conscientização é um papel de toda a cadeia.

O mercado está em grande e rápida transformação. O diferencial estará na capacidade de gerenciar a relação com o cliente, aumentando a confiança e as ofertas de soluções. O banco deixará de ser o protagonista e, para se manter competitivo, o olhar deverá estar voltado ao consumidor e à inovação. O Open Banking oferece maneiras de remodelar a experiência de serviços financeiros das pessoas e empresas, criando uma ponte para mais integração com a internet das coisas, a inteligência artificial e o metaverso. O mundo está mudando e requer ação de todos, pois há oportunidades, assim como há riscos e o sucesso que virá desse projeto será coletivo.

Fernando Radunz, CIO do BS2.

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