A fabricante taiwanesa de computadores Acer abriu um processo na Itália contra Gianfranco Lanci, ex-presidente-executivo (CEO) da companhia. Ele é acusado de violar cláusulas do contrato assinado com a empresa ao aceitar o cargo de presidente para a região que engloba a Europa, Oriente Médio e África (EMEA) da arquirrival Lenovo. Em abril do ano passado, Lanci pediu demissão repentinamente, o que causou incertezas no mercado quanto a possíveis mudanças de estratégia da empresa.
Sob a gestão do executivo, a Acer expandiu sua participação no mercado global de PCs e chegou a ocupar a segunda posição no ranking das maiores fabricantes do setor. A justificativa para deixar a Acer foi que não havia conseguido o mesmo desempenho no segmento de mobilidade. De fato, o fraco resultado nas vendas de smartphones e tablets rendeu dois trimestres consecutivos de prejuízo e um inventário excedente de US$ 150 milhões na Europa à Acer, o que derrubou a companhia da segunda para a quarta posição no mercado. A Lenovo, em contrapartida, assumiu a vice-liderança.
Em nota à imprensa internacional, a Acer alega também que o período de 12 meses após a demissão, quando o executivo deveria permanecer fora do ramo, não foi respeitado. A empresa não revelou o valor da indenização pedido na ação.