Cade recomenda aprovação da compra da EMC pela Dell sem restrições

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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação da compra da EMC pela Dell, anunciada no ano passado. O valor da transação foi de US$ 67 bilhões e tem como objetivo ganhos de sinergias com a combinação dos pontos fortes da Dell em computadores pessoais e servidores e da EMC, em sistemas de armazenamento e software, para criar uma empresa capaz de oferecer, tanto para os grandes como para os pequenos clientes, uma gama mais completa de soluções de tecnologia da informação.

Ainda segundo as partes, a operação permitirá que a empresa resultante se posicione melhor para inovar e concorrer no mercado. Como especialista em hardware — e o expertise da EMC em armazenamento externo —, a Dell acredita que será capaz de oferecer melhor qualidade em sistemas de armazenamento, não somente a empresas que querem construir suas próprias nuvens, como também para os grandes fornecedores de sistemas em nuvem.

O Cade concentrou a análise da operação nos seguintes mercados: sistemas de armazenamento externo; software de backup; software de gerenciamento de acesso integrado (IAM), com dimensão nacional e mundial; mercado de servidores; mercado de softwares de virtualização, todos com dimensão nacional e mundial.

Apesar de constatar concentrações acima de 20% em alguns desses mercados, especialmente no Brasil, o Cade concluiu que é pouco provável que a empresa resultante da presente operação tenha o incentivo de adotar uma estratégia de fechamento de mercado ou mesmo de discriminação de concorrentes da Dell no mercado de servidores. Porém, ressalta que "caso se verifique futuramente mudança de comportamento da nova empresa em sentido contrário, tal comportamento poderá ser avaliado em 'sede de controle de condutas'".

A avaliação da Superintendência-Geral do órgão antitruste teve como base a instrução realizada junto a clientes e concorrentes, bem como a análise das informações disponíveis sobre o mercado. Além disso, levou em conta as decisões já adotadas por outras jurisdições em que a operação também foi notificada. A operação já foi aprovada pelas autoridades da Comissão Europeia e Estados Unidos. Mas ainda está em análise em pelo menos mais 13 países.

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