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Empresa que adquirir Yahoo pode ter que pagar mais de US$ 1 bilhão à dona do Firefox

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A empresa que adquirir o Yahoo poderá ter que acabar pagando mais de US$ 1 bilhão para Mozilla, dona do navegador de internet Firefox. Isso porque, no final de 2014, a empresa de internet fechou um acordo com a Mozilla para tornar a sua ferramenta de buscas padrão em todos os navegadores Firefox nos EUA. A revelação causou supresa porque, por se tratar de uma cláusula secreta no contrato entre as empresas, nenhuma das companhias ou consórcios que participam do processo de licitação dos ativos de web do Yahoo tinha conhecimento da existência desse termo contratual.

O dispositivo estabelece que a Mozilla deve receber US$ 375 milhões por ano até 2019, se a empresa for vendida antes do término do período de vigência do acordo, que é de cinco anos, conforme apurou o site de tecnologia Re/code. Segundo o site, o contrato foi concebido para ajudar o Yahoo expandir a sua participação no mercado de buscas e ganhar musculatura para competir com o Google. Mas, analistas ouvidos pelo site, o consideram bastante draconiano.

De acordo com a clásula 9.1 do contrato, que versa sobre a mudança de controle da empresa, a Mozilla tem o direito de abandonar a parceria se — sob seu “exclusivo critério” e em um determinado período de tempo — considerar que o novo parceiro não é aceitável. Caso isso aconteça, o Yahoo será obrigado a pagar a garantia de receita anual de US$ 375 milhões à Mozilla. Isso significa que se o negócio de internet do Yahoo for adquirido por uma empresa que a Mozilla não gosta, ela pode buscar um novo acordo com outra empresa de buscas, como o Google, por exemplo, e ainda assim receber mais de US$ 1 bilhão ao longo dos próximos três anos.

A preocupação agora dos bancos contratados pelo conselho de administração do Yahoo para analisar venda de ativos e a propostas — Goldman Sachs, PJT Partners, Cravath e Swaine & Moore — é que a divulgação da existência do acordo pode acabar levando os potenciais compradores a reavaliarem suas ofertas ou até mesmo prejudicar o negócio.

Analistas avaliam que a concordância com uma cláusula tão draconiana se deve ao fato de Yahoo ter acreditado que poderia recuperar a participação de mercado perdida para o Google e também por não ter imaginado a possibilidade de uma mudança de controle. De qualquer maneira, os analistas observam que esta é apenas uma das muitas questões que qualquer potencial comprador do Yahoo terá que considerar antes de fazer uma oferta final para a empresa — o prazo final para o envio das propostas da última rodada do leilão é justamente esta quinta-feira, 7.

Procurado pelo site, o Yahoo não retornou o pedido para comentar o assunto.

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