Desde o lançamento da moeda digital, aproximadamente a cada quatro anos a quantidade de novos bitcoins cai pela metade. Em janeiro de 2009 eram criadas 50 unidades a cada 10 minutos. Desde o fim de 2012, são emitidas 25 novas moedas. A partir do próximo sábado, 9, serão criados 12,5 bitcoins, taxa que deve ser mantida até 2020.
Essa diminuição programada na taxa de emissão da moeda a faz funcionar de maneira bem diferente das moedas emitidas por países. “Nas moedas fiduciárias como o real, o dólar ou o euro, cabe aos bancos centrais definir quais os valores que serão emitidos ou retirados do mercado, ou seja, não é possível saber antecipadamente e com precisão o quanto de moeda estará em circulação no futuro”, explica Rodrigo Batista, CEO do site Mercado Bitcoin.
A diminuição programada de novos bitcoins determina que em 2033 haverá 20,5 milhões emitidos, e que em 2140 existirão 21 milhões de moedas. Os entusiastas da moeda digital dizem que esta característica faz com que seu valor sempre aumentará, caso a tecnologia seja de fato adotada em larga escala.
“Existe uma discussão bem intensa sobre os efeitos dessa diminuição no curto prazo. Há pessoas sérias que pensam que o valor da moeda tende a aumentar nos próximos dias e há outras pessoas igualmente entendidas que dizem que vai diminuir. Os dois lados têm bons argumentos”, diz Batista.
Em 2015 os irmãos Wilklevoss, conhecidos mundialmente pela batalha jurídica sobre a criação do Facebook, disseram em uma entrevista que a tecnologia pode chegar à casa dos trilhões de dólares, o que faria cada unidade ser negociada por US$ 50 mil. Hoje cada uma é negociada por cerca de R$ 620 nos mercados internacionais.