O ecossistema brasileiro de startups encerra seu semestre mais aquecido com quatro novos unicórnios, 11 mega rodadas e US$ 5,2 bilhões captados. É o que mostra o Inside Venture Capital Report, relatório com um panorama completo sobre os investimentos em startups nos últimos seis meses, produzido pela plataforma de inovação aberta Distrito.
O montante aportado até agora supera o total investido em todo o ano passado -até então um recorde no setor. Comparando ao mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 295,6% no volume de investimento, além de 83 deals a mais: foram 339 aportes. Só no mês de junho, foram investidos mais de US$ 2 bilhões por meio de 63 rodadas de investimento, o que fez dele o mês com maior volume de capital na história do mercado brasileiro.
Foram 11 mega rodadas que ultrapassam US$ 100 milhões, levantados por Nubank (US$ 1,15 bi), Loft (US$ 525 mi), Ebanx (US$ 400 mi), Quinto Andar (US$ 300 mi), Gympass (US$ 220 mi), Loggi (US$ 212 mi), Mercado Bitcoin (US$ 200 mi), MadeiraMadeira (US$ 190 mi), Cloudwalk (US$ 190 mi), Buser (US$ 138,9 mi) e Hotmart (US$ 126,5 mi).
Entre esses, três se tornaram novos unicórnios, ou seja, passaram a valer mais de US$ 1 bilhão: a edtech e retailtech Hotmart, a fintech Mercado Bitcoin e a retailtech MadeiraMadeira. Além deles, recebeu o valioso rótulo em junho a fintech C6 Bank. O número se aproxima também de outro recorde do ano passado, quando cinco startups foram elevadas à categoria.
“Sabíamos que ultrapassaríamos a marca de US$ 5 bilhões, mas não imaginávamos que seria tão rápido”, diz Gustavo Gierun, cofundador do Distrito. “O Brasil faz parte do cenário de tecnologia mundial. Os cases de sucesso e constante anúncios de unicórnios atraem a atenção de investidores estrangeiros e faz com o que o mercado de retroalimente.”
A maior parte dos deals (64%) está concentrada nos estágios early stage: foram 234 rodadas nessas etapas em 2021. Mas como é de se esperar, o maior volume está no estágio mais avançado, Series G, com US$ 1,15 bi captados em duas rodadas levantadas pelo Nubank. Além disso, as fintechs, setor mais aquecido do ecossistema, concentram aproximadamente 50% do volume investido no país (US$ 2,4 bilhões em 72 deals).
O relatório também mostra que, até agora em 2021, foram feitas 113 fusões e aquisições, dois terços do total realizado em 2020. Mais da metade das fusões e aquisições aconteceram entre startups ou por startups.
Destaque em junho para a compra de 40% do banco digital C6 Bank pelo banco americano JPMorgan Chase; a aquisição da Elo7 pelo marketplace americano Etsy; das fintechs Mobills e Monetus pela Toro Investimentos, plataforma do Santander; e da fintech Weel pelo banco digital BS2.
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