O acidente do submarino Titan, da empresa OceanGate, que implodiu em sua terceira viagem matando todos turistas e tripulação a bordo, serve como um lembrete doloroso de que a segurança e seus protocolos devem ser uma prioridade em todas as atividades de alto risco, a fim de e proteger a vida das pessoas envolvidas.
Mesmo após o incidente, os processos de segurança ainda devem ser analisados. A investigação, além de analisar os destroços do submersível, deve também envolver todos os aspectos relacionados à operação do submarino, desde as manutenções realizadas e as inspeções feitas na embarcação até a qualificação e o treinamento realizados com a equipe. Ao realizar esse mapeamento, será possível identificar falhas nos processos e, assim, aplicar medidas corretivas, garantindo que erros semelhantes não ocorram.
Além disso, o acidente serve como um lembrete de que a segurança não é apenas uma responsabilidade das organizações e dos órgãos reguladores, mas também de cada indivíduo envolvido na operação. Todos devem estar cientes dos riscos associados ao seu trabalho e seguir os procedimentos de segurança estabelecidos. A conscientização e a responsabilidade individual são essenciais para prevenir incidentes e promover um ambiente de trabalho seguro.
Vale ressaltar que a lição aprendida com este acidente deve ser aplicada em todas as indústrias e atividades . É fundamental que as organizações revisem e reavaliem os seus riscos, pois eles são dinâmicos, atualizem regularmente seus processos de segurança e forneçam treinamentos adequados aos seus funcionários.
Uma ferramenta essencial para auxiliar nesse processo é a análise de riscos, que permite às empresas e aos organizadores de grandes eventos a identificação, a avaliação e a mitigação dos riscos envolvidos em suas atividades. Ao realizar uma análise completa e abrangente, é possível identificar pontos críticos, implementar medidas preventivas e preparar-se adequadamente para lidar com possíveis emergências. Ou seja, são decisões embasadas em informações sólidas, que ajudam a proteger vidas e garantir a integridade das operações.
Esse trágico evento nos mostra como é importante analisar os riscos dos processos e a operação, além de aprimorar os protocolos e criar uma cultura de segurança que priorize a vida e o bem-estar de todos os envolvidos. Somente assim poderemos evitar acidentes semelhantes.
Paulo Musa, consultor na ICTS Security.