Cyrela Commercial Properties investe no Delivery Center

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O recente anúncio da entrada da Cyrela Commercial Properties (CCP) no capital do Delivery Center traz, impulsiona o mercado de integração online-to-offline (O2O): as centrais profissionais de entrega em prédios corporativos. "A entrada da Cyrela representa uma nova camada de produtos – a parte de prédios comerciais, que ainda não foram utilizados no nosso negócio. Pela primeira vez no país, teremos esse movimento de forma organizada, como fizemos com os shoppings recentemente, em parceria com mundo offline – no caso, o dono do edifício corporativo – para que seja feita a organização do recebimento de mercadorias. E assim passaremos a ter o ciclo completo: delivery e recebimento em larga escala", explica Andreas Blazoudakis, CEO e um dos sócios-fundadores do Delivery Center.

Na prática, os pedidos também poderão ser feitos a partir desses prédios empresariais, que estarão ligados aos shoppings de suas respectivas regiões. De acordo com Cristiane Mendes, diretora de Estratégica do Delivery Center, os edifícios da Cyrela passarão a ser os primeiros do Brasil com delivery profissional para alta escala. "Começaremos com a Cyrela e depois vamos fazer o mesmo com outros prédios da cidade. O mobiliário urbano vai se reinventar", prevê.

N para N

Para Cristiane, a chegada da Cyrela permitirá uma otimização de delivery em prédios corporativos. "Até o Delivery Center iniciar sua operação, a relação funcionava da seguinte forma: um restaurante para uma pessoa em casa. Organizamos, então, as centrais e o mercado mudaram para 'n' restaurantes dentro de um hub ou shopping para uma pessoa em casa. Agora, vamos fazer 'n' restaurantes de um hub para 'n' pessoas em um mesmo endereço. Isso significa que passaremos a ligar hub com hub – hoje é hub com residência. Isso tem tudo a ver com casamento de pedidos", explica.

A Cyrela administra uma série de prédios nas avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, com cerca de três mil trabalhadores em cada edifício. "Estimamos, portanto, de 300 a 500 almoços na hora do pico nesses prédios comerciais. Vamos organizar esse recebimento e poderemos chegar com até 10 refeições na mesma bag e fazer uma entrega customizada", calcula Cristiane. "Hoje, cada bag roda nas ruas do país com um único pacote. Na China, por exemplo, são cinco pacotes por viagem. O Delivery Center já faz duas entregas por viagem pelo fato de ser um hub e pretendemos aumentar isso até chegarmos aos níveis chineses."

"Fechamos um bloco bem sólido de shoppings e o que faltava era a parte de edifícios corporativos", afirma Cristiane, se referindo à Cyrela Commercial Properties (CCP), bem como aos outros acionistas da companhia – brMalls e Multiplan. "Mostramos que a empresa, apesar de os fundadores terem vindo do mercado online, é forte e sólida de acionistas do offline – que são os stakeholders que têm o inventário do nosso negócio", complementa. Também têm participação no negócio o grupo de restaurantes Trigo, Outback e a família Galló, de José e Christiano Galló (pai e filho).

Balanço

Em menos de 1,5 ano de operação, o Delivery Center já inaugurou 21 centrais distribuídas nas cidades de São Paulo (9), Rio de Janeiro (9) e Porto Alegre (3), das quais 20 unidades estão localizadas em shoppings centers e uma no dark mall da capital gaúcha. Ainda em 2019, o Delivery Center, que opera também em outras grandes redes de shoppings, como Ancar e Aliansce, pretende entrar em mais três capitais: Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. Até 2021, a empresa planeja inaugurar 200 unidades nos principais centros urbanos brasileiros. A companhia registra faturamento de R$ 8 milhões por mês – cerca de R$ 100 milhões por ano. "Ao atingirmos nosso plano de metas, nossa expectativa é de que o movimento geral das vendas de todos os lojistas e redes plugados será de US$ 1 bilhão até 2021", diz o CEO do Delivery Center.

Segundo Blazoudakis, comida representa hoje 93% do negócio, por conta das parcerias com iFood, Rappi e Ubereats, e não comida soma os 7% restantes, cujas vendas ocorrem por meio do aplicativo próprio DTudo. "A tendência desse índice referente a goods tende a crescer com a entrada de grandes marketplaces na plataforma de negócio do Delivery Center. Nossa meta é que correspondam a 60% até 2021, invertendo o cenário atual", analisa.

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