Fintech ajuda egressas do sistema prisional a criarem o seu próprio negócio

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A Firgun – negócio social que facilita o acesso ao microcrédito para empreendedores de baixa renda – vai disponibilizar sua plataforma de captação de recursos para que as mulheres do regime semiaberto do sistema prisional de São Paulo possam criar o seu próprio negócio. A partir de outubro, a fintech irá listar os projetos de microempresas desenvolvidos por essas reeducandas para que as pessoas físicas interessadas em gerar impacto social escolham qual delas gostaria de apoiar, oferecendo um empréstimo.

A iniciativa da Firgun ocorre em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que mantém um programa multidisciplinar para a reinclusão social de presas, fornecendo bolsas de estudo em cursos superior, oficinas de gestão de negócios e atendimento psicológico – tudo voltado à recuperação da autoestima e ao incentivo para o empreendedorismo. Neste momento, 15 mulheres participam da primeira fase do projeto, chamada de acolhimento.

"Usamos esses primeiros meses para a apresentação do ambiente acadêmico, no âmbito presencial e no ensino à distância (EAD), além de transmitir conceitos iniciais sobre geração de renda a partir de um negócio próprio", explica Ana Vasconcelos, professora e líder do projeto na Universidade Mackenzie. Segundo ela, pelos próximos cinco anos, essas empreendedoras irão contar com uma mentoria de professores e especialistas da instituição e terão direito a uma vaga na incubadora da própria universidade

O papel da Firgun nesse projeto será contribuir para que os empreendimentos criados por essas mulheres recebam os recursos suficientes para sair do papel. "Vamos estimular as pessoas que já conhecem nossa plataforma – e também buscar novos interessados – a investirem dinheiro nesses negócios, por meio de empréstimos coletivos", afirma Lemuel Simis, sócio-fundador da fintech.

"As pessoas que emprestarem dinheiro para transformar o sonho da microempresa em realidade contribuirão não apenas com a reintegração social das reeducandas, como também poderão lucrar com os juros pagos por elas durante a quitação da dívida", informa Simis.

Os empréstimos realizados por meio do site da Firgun são operações 100% legalizadas, na medida em que a plataforma trabalha com um limite máximo para taxa de juros, de 12% ao ano, pagos mensalmente pelos microempreendedores cadastrados. O retorno esperado para esse investimento social pode representar um lucro 200% maior do que o rendimento projetado hoje pelos tradicionais fundos DI, caderneta de poupança ou Tesouro Direto, após as consecutivas quedas da Selic.

Especificamente, para o projeto de inclusão social das egressas do sistema prisional, a Firgun está criando uma plataforma exclusiva de empréstimos coletivos, acessível pelo endereço na web:  www.mackenzie.firgun.com.br. O mecanismo de investimento aos negócios do programa social obedecerá as mesmas taxas e regras aplicadas hoje no site principal da startup (www.firgun.com.br).

Ao Mackenzie, caberá a capacitação das participantes do projeto, a criação de um plano de negócio para cada empresa desenvolvida e o acompanhamento dessas mulheres no período pós-empréstimo, a fim de aumentar as chances de sucesso para as reeducandas, e a segurança de quem for investir nessas empreendedoras.

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