BlackBerry é alvo de ação coletiva, acusada de 'maquiar' situação financeira

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Um acionista moveu ação coletiva contra a BlackBerry alegando que a companhia enganou os investidores sobre o seu futuro, incluindo previsões acerca de como a nova linha de smartphones BlackBerry 10 se sairia frente aos concorrentes. O processo judicial pretende representar milhares de acionistas que compraram papéis da fabricante canadense entre 27 setembro de 2012 e 20 setembro deste ano, período no qual, segundo o acionista, executivos "maquiaram" os problemas envolvendo as operações da BlackBerry.

Os autos da ação afirmam que a ex-Research In Motion (RIM) mentiu aos investidores dizendo que a empresa estava "progredindo em seus compromissos financeiros e operacionais", e que previews de sua plataforma BlackBerry 10 foram bem recebidos pelos desenvolvedores, de acordo com o acionista Marvin Pearlstein, que abriu o processo em um tribunal federal em Manhattan, Nova York, na última sexta-feira, 4.

"Na realidade, o BlackBerry 10 não foi bem recebido pelo mercado, e a empresa foi forçada a demitir cerca de 4,5 mil empregados, o que representa aproximadamente 40% de sua força de trabalho total", diz na denúncia, divulgada pelo USA Today.

O CEO Thorsten Heins e diretor financeiro Brian Bidulka foram arrolados como réus no processo, no qual foram anexados inúmeros comunicados de imprensa emitidos pela BlackBerry, bem como as teleconferências trimestrais em que os executivos "enganavam o público investidor".

O documento alega, ainda, que as recentes quedas nas ações da BlackBerry foram consequência da deturpação do estado financeiro da empresa feita pelos executivos. Desde 20 de setembro, quando a empresa divulgou pela primeira vez uma perda maciça e demissões, o preço das ações despencou 25%.

Procurada pelo jornal USA Today, a BlackBerry se recusou a comentar, afirmando que está "analisando o assunto".

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