Ministério da Saúde usa RPA para disponibilizar informações sobre a Covid

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Como trazer todos os dados de notificação de COVID e informações sobre leitos de todos os estados e municípios do Brasil para o Ministério da Saúde era um dos grandes desafios ainda no começo da pandemia em março de 2020. Luiz Filho, COO – Chief Operating Officer da Solve, encarregado de operacionalizar por meio da tecnologia de RPA todo esse processo, compartilhou o trabalho desenvolvido na 3ª edição do RPA – Robotic Summit nesta terça-feira, 6.

"Havia e ainda há um grande volume de dados, e precisávamos em pouco tempo disponibilizar informações para a força de trabalho na área de saúde com restrições orçamentárias naturais, dentro da cultura desses trabalhadores e com as restrições da LGPD", contou Luiz Filho.

Segundo ele, para implementar o projeto foram criados robôs para trazer estas informações rapidamente para a força de trabalho de atendimento aos pacientes que no início da pandemia gastava até 30% das 8 horas diárias de trabalho, preenchendo formulários e enviando estes números e dados coletados.

"Numa segunda etapa  após o tratamento e processamento das informações do Ministério da Saúde, diversas atividades puderam seguir seu trâmite e em apenas 15 dias, seis estados já estavam enviando dados normalmente, sem a necessidade de tomar o tempo de médicos e profissionais de saúde, liberando-os para o atendimento aos pacientes", mostrou o executivo.

Usando a plataforma Kryon, o case de RPA do Ministério da Saúde foi premiado internacionalmente, principalmente pelos seus resultados.

"A redução do tempo de desenvolvimento da solução, em um projeto de nível nacional, que abrangeu todos os estados e municípios, foi exemplar. Se optou pelo uso do RPA já que não havia tempo hábil para uma solução "padrão" de mercado que demoraria vários meses para ser implantada, o que fizemos em poucos dias", contou Luiz Filho.

"A redução de investimento também foi gigantesca, novamente se fosse por um projeto comum de TI tradicional, com integração, ferramentas, consultorias, seriam meses para a entrega e neste caso estávamos perdendo vidas, não havia tempo. O maior benefício foi esse, RPA salvando vidas, pois as pessoas da área de saúde estavam tendo que parar para alimentar os sistemas, e deixando de atender pessoas, quando os robôs assumiram essa atividade, ganhamos muita força de atendimento e, necessariamente, salvando vidas", reforçou.

Como resultado, além da automação e do tempo ganhos, foram processados mais de 18 milhões de dados resultando na liberação de mão de obra qualificada na área de saúde para atendimento de pacientes, rapidez na entrega de informações vitais para tomada de decisões e uma economia gerada para a administração pública.

"O projeto que se iniciou em março desde ano ainda está sendo utilizado, mas já gerou outros desenvolvimentos utilizando RPD – Robotic Process Discovery e uso de Inteligência Artificial em outras áreas do próprio Ministério da Saúde", concluiu Luiz Filho, acrescentando que novas aplicações deverão ser divulgadas em breve.

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