Um dos maiores problemas enfrentados pelas equipes de cibersegurança é a quantidade de ferramentas utilizadas para manter o ambiente protegido. Este desafio, no entanto, parece ser solucionado pela Clavis, empresa especializada em segurança da informação, cibersegurança e proteção de dados, com a nova ferramenta lançada pela companhia.
A plataforma, segundo a empresa, permite que as equipes coordenem, automatizem e respondam a incidentes de forma mais eficiente e proativa. Ela atua como um centro de comando, unificando o gerenciamento de segurança e simplificando os fluxos de trabalho.
Trata-se de uma proposta simples e, ao mesmo tempo, disruptiva: otimizar o tempo dos especialistas em cibersegurança, que não mais precisam buscar informações em múltiplas ferramentas e lidar com diferentes fornecedores. E mais do que isso: por centralizar informações críticas que costumam estar dispersas em diversas ferramentas, a nova plataforma de segurança permite realizar novas correlações que trazem insights para uma efetiva prevenção de incidentes. A meta é dobrar o numero de clientes nos próximos 12 meses.
Ao integrar diferentes visões de cibersegurança, a Clavis antecipa um movimento de consolidação no mercado. “Quem acompanha o mercado percebe um movimento de fusões e aquisições de empresas, que formam conglomerados em busca do conceito de one stop shop em cibersegurança. A Clavis leva esse conceito a um novo patamar, permitindo uma operação ágil e a integração das inteligências geradas por diferentes ferramentas de segurança”, explica Victor Santos, CEO da empresa.
Ataques
A demanda crescente por esses mecanismos de proteção ocorre em um momento singular: o Brasil tem sido o principal alvo de hackers em toda a América Latina e um dos principais no panorama global. O país sofreu 357.422 ataques no segundo semestre de 2023, contra 328.326 no primeiro semestre do ano passado — um aumento de 8,86%, segundo relatório da Netscout Systems. Entre os principais setores atingidos no Brasil no período, a telecomunicação sem fio segue liderando, com 82.065 ataques, um aumento de 142.47% em relação ao primeiro semestre de 2023, quando foram contabilizadas 33.846 investidas.
Em comparação com os demais países da América Latina, o Brasil sofreu cerca de 4,3 vezes mais ataques que a Argentina, segunda colocada (com 82.749 eventos), e cerca de 4,6 mais que o Peru, o terceiro, com 74.531. No âmbito global, o Brasil é o segundo país do mundo com mais ataques, atrás apenas dos Estados Unidos, totalizando 1.168.456 registros.
Das 75 empresas atacadas por ransomwares no Brasil em 2023, 83% delas efetuaram o pagamento de resgate para reaver suas informações, apontam dados da Sophos, empresa britânica fornecedora de softwares e hardwares de segurança, com cerca de 22 mil clientes ao redor do mundo.
Neste cenário, diversas organizações estão implantando novas ferramentas e serviços de segurança de informação para responder às necessidades e ameaças presentes em suas operações. Como muitas utilizam ferramentas distintas, fazer com que todas elas funcionem bem em conjunto é um desafio permanente. Uma consideração importante é como integrar estas várias ofertas — em muitos casos desenvolvidas por diferentes fornecedores — à infraestrutura existente, a fim de oferecer o suporte adequado a uma estratégia de segurança coesa.
Tecnologia própria
Outro diferencial da plataforma de segurança é o fato de que ela é desenvolvida com tecnologia própria. Por este motivo, a Clavis é reconhecida pelo Ministério da Defesa como “Empresa Estratégica de Defesa”.