Os gastos das companhias seguradoras com tecnologia da informação devem atingir cerca de R$ 1,4 bilhão neste ano, cifra que tende a ser superior em 2009, mesmo diante da crise financeira mundial. A estimativa foi feita pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), durante o "4º IT Insurance Meeting Fenaseg", congresso que ocorre até este domingo, 9, em Angra dos Reis. O evento reúne CIOs e gerentes da área de TI de seguradoras para debater os principais temas do setor.
Os investimentos anuais representam uma expansão de 25% sobre o totalizado em 2007, estimados em R$ 1,12 bilhão.
De acordo com o presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da Fenaseg, Sidney Dias, a necessidade de tornar mais ágeis os processos devido aos novos critérios de contabilidade estabelecidos pelas IFRS (International Financial Reporting Standards) para relatórios, a questão de re-seguro, com as empresas atuando com mais de uma re-seguradora e também em decorrência do uso cada vez maior da internet, com serviços on-lines serão determinantes para impulsionar os investimentos.
"Acreditamos que esses fatores contribuirão para que se supere os investimentos em TI de 2008. Os aportes, em média, são em torno de 2% a 2,5% do total de prêmios das empresas", analisou Dias.
Dentre os principais alvos de investimentos, o executivo estima que os aportes em softwares devem reprensentar cerca de 50% do total dos gastos das companhias com TI.
Para Roberto Almeida, representante da comissão de TI da Fenaseg e executivo da Porto Seguros, a TI hoje é indispensável para suportar o negócio das seguradoras. De acordo com ele, 80% das vendas das empresas são realizadas pelo canal eletrônico. "E isso exige processos e sistemas cada vez mais ágeis e seguros. Por esse motivo, os investimentos em TI sempre são um foco das companhias e devem continuar crescendo", concluiu Almeida.
O repórter viajou a Angra dos Reis convite da Fenaseg.