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Ataque terrorista nos EUA faz crescer pressão sobre rede sociais para que monitorem conteúdos

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Na quinta-feira da semana passada, o Facebook removeu uma página de perfil usado por Tashfeen Malik, esposa de Syed Malik, responsáveis pelo ataque ao centro comunitário em San Bernardino, na Califórnia, no dia anterior, que deixou 14 pessoas mortas e 21 feridas. A empresa disse que a página violou os padrões da rede social que, entre outras coisas, publicou fotos e vídeos de apoio ao terrorismo e apologia à violência. Ela havia um postado um vídeo sobre momento do tiroteio, mas o Facebook se recusou a revelar o seu conteúdo e também como encontrou o perfil e confirmou sua autenticidade.

Embora os sites de rede sociais neguem colaborar com órgãos de segurança do governo norte-americano, o fato concreto é que Facebook, YouTube, Google e Twitter têm enfrentado uma pressão crescente para que monitorem e removam conteúdos violentos e propaganda de grupos terroristas. “Quando se trata de conteúdo terrorista, certamente é uma posição difícil para as empresas, que eu não invejo”, disse Jillian York, diretora do grupo de liberdades civis Electronic Frontier Foundation, em um e-mail ao The Wall Street Journal. “Ainda assim, eu me preocupo que dar mais poder às empresas, que são, por natureza antidemocrática, para regular é perigoso.”

Todas as empresas empregam a tecnologia para fazer a varredura de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças. Hany Farid, presidente da divisão de ciência da computação do Dartmouth College, que ajudou a desenvolver o sistema, disse que espera que ele seja ampliado para outros tipos de conteúdos questionáveis. Mas, segundo ele, esse é um desafio por várias razões. Uma delas é que não há banco de dados semelhante ao criado pelo Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, como imagens conhecidas, para imagens relacionadas com o terrorismo.

Além disso, imagens perturbadoras aparecem frequentemente em conteúdo de notícias e as mídias sociais não querem atuar como censores. Em uma reunião em setembro, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, citou a fotografia amplamente compartilhada de Aylan Kurdi, refugiado Sírio de três anos de idade, cuja foto depois de morrer afogado em uma praia turca provocou comoção mundial, como um exemplo de uma imagem que poderia ter sido considerada inadequada por um algoritmo de computador, mas não deve ter sido censurada.

Em 2014, o YouTube removeu rapidamente os vídeos de decapitações de dois jornalistas norte-americanos pelo Estado islâmico. O Twitter adotou uma abordagem semelhante para as mesmas imagens, que permaneceram no site até serem relatadas por usuários. Em agosto, a rede de microblogs rapidamente retirou o vídeo de dois repórteres da Virginia TV que foram mortos a tiros durante uma transmissão de notícias ao vivo.

O volume de material em sites de mídia social é outro desafio. Cerca de 400 horas de vídeo são enviadas ao YouTube a cada minuto. O site de vídeo online não remove vídeos, mas espera que usuários marquem os conteúdos tidos como censuráveis. O site tem sido um dos que “promovem o terrorismo” há vários anos. Mas recentmente mudou sua abordagem. Ele deu autorização há cerca de 200 pessoas e organizações de sinalizarem (como “flag”) até 20 vídeos de uma só vez como inadequados. Entre essas organizações está a Unidade de Contraterrorismo na Internet (CTIRU) do Reino Unido, que tem utilizado sua condição de “super flagger” monitorar comentários e remover vídeos que considera extremista.

Facebook silenciosamente se tornou mais agressivo na remoção de tais conteúdos, dizem especialistas em privacidade. Em 2012, o site de rede social manteve páginas de fãs que glorificam um atirador que abriu fogo em um cinema no Colorado, alegando que eles não violoram seus termos e serviços, porque não eram uma ameaça “crível” para os outros. Mas no ano passado, o site removeu páginas que homenageavam um atirador que matou seis pessoas na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.

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