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Indústria procura harmonia entre novos produtos e maior comunicação wireless

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A Consumer Electronics Show (CES 2015) teve dois lados proeminentes neste ano: um caminho para a inovação da indústria, com novos nichos de produtos tentando ser acessíveis, como TVs conectadas, wearables, drones e carros conectados; e o lobby para tornar boa parte da comunicação desses aparelhos e da Internet das Coisas possível. Uma das maneiras é com o uso de espectro não-licenciado, algo defendido por fornecedores como a Qualcomm e Cisco e reconhecido pelo chairman da Federal Communications Commission (FCC), Tom Wheeler.

“O interesse e a importância são enormes, mas o que vai determinar quanto do espectro não-licenciado será disponibilizado vai depender do leilão (da AWS3)”, disse ele nesta quarta-feira, 7, em debate. Ele destaca que foi liberado recentemente pelo governo norte-americano blocos de mais de 100 MHz na faixa de 5 GHz para o Wi-Fi, para o que ele chama de “Wi-Fi do gigabit por segundo”. No entanto, na visão de Wheeler, o mais importante para liberar espaço e otimizar tudo é haver cooperação. “O futuro do espectro será totalmente no compartilhamento, em como ter um compartilhamento bem sucedido com sistemas de radar e transporte, e temos que ter certeza que, em vez de jogar tijolo um no outro, teremos cotrabalho.”

Esta é uma visão que a colega do chairman na FCC, Jessica Rosenworcel, corrobora. “É aparente que, quando você vive em um mundo conectado, muitos são dependentes do Wi-Fi, e acho que dependemos disso para ter inovação, então espero que, em vez de deixar o Wi-Fi como um pensamento em segundo plano, precisamos focar nele”, disse ela em outro painel na CES 2015. Jessica Rosenworcel cita o uso de bandas baixas, como 600 MHz, bem como o espectro de 5 GHz. O discurso foi corroborado também na terça-feira, 6, pelo presidente da Consumer Electronics Association (CEA), Gary Shapiro.

“Aqui nos EUA, o leilão (da AWS3) foi muito caro e por pouco espectro, então vamos precisar de novas políticas, com mais espectro compartilhado para small cell e Wi-Fi e outras tecnologias de comunicação de curta distância”, disse o diretor sênior de tecnologia e políticas globais da Cisco, Jeff Campbell. Ou seja: com novas tecnologias, como o Wi-Fi 802.11ac e ad, o offload da rede móvel volta a ter um importante papel na conectividade dos dispositivos.

Conectividade para todos

Do lado de produtos, a CES 2015 trouxe uma forte presença da indústria automotiva. Chevrolet, Ford, Mercedes Benz, Audi e BMW estavam com demonstrações na feira em Las Vegas, mas com diferentes abordagens. A Chevrolet investiu em conectividade LTE para sistema de infoentretenimento e para sistema de segurança e resgate, enquanto a Ford prometeu um veículo que se dirige sozinho com preço acessível nos próximos anos. A BMW, por sua vez, mostrou o carro elétrico i3, que conta com sensores para estacionamento automatizado, que permite acionar o veículo por meio de um relógio conectado com Android Wear para que ele venha sozinho até o motorista.

No mundo da Internet das Coisas (IoT), destaca-se a Parrot, que além de trazer drones com câmeras em terceira dimensão, implantou uma inteligente solução para regar plantas com um sensor que regula a quantidade de água despejada. Outra que procurou trazer maior inovação foi a iRobot (talvez uma homenagem às obras de Isaac Asimov), a criadora dos robôs aspiradores de pó Roomba, que mostrou parceria com a Intel (e sua plataforma de mapeamento tridimensional RealSense) um robô com tela LCD e webcam que evita obstáculos e transita pelo ambiente de forma autônoma e com comandos de quem está fazendo a ligação à distância, o que promete fazer das teleconferências algo um pouco menos monótono.

Os dispositivos vestíveis, por outro lado, mostraram poucas novidades – as empresas parecem estar querendo guardar suas cartas para mostrar na Mobile World Congress (MWC 15), em Barcelona. A Audi apresentou um relógio fabricado pela LG com o sistema WebOS (para abrir as portas do carro e funcionar como monitoramento inteligente do veículo), embora a própria fabricante sul-coreana não tenha mencionado o produto. Houve até quem procurasse expandir o conceito para aparelhos simples – a Sony anunciou na feira mais uma tentativa de ressuscitar o Walkman, dessa vez como um reprodutor de música em “alta definição” baseado em Android que não é pequeno – tem o tamanho de um celular, embora menos largo – e nem barato, já que custa a bagatela de US$ 1 mil. Pior: ainda mostrou um “amplificador portátil pessoal” para levar junto com o dispositivo, um trambolho que só poderia ser seriamente usado dentro de uma mochila.

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