Amazon volta atrás e decide restabelecer sistema de criptografia em seus tablets Kindle Fire

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Depois de enfrentar duras críticas por ter removido a criptografia padrão da versão mais recente do seu sistema operacional Fire, a Amazon anunciou que vai restabelecer o software de criptografia que protege informações confidenciais armazenadas em seus tablets, e-readers (leitores de e-books) e outros dispositivos de hardware.

"Vamos voltar a opção de criptografia completa de disco com uma atualização do sistema operacional Fire a partir do segundo trimestre", disse a empresa em um comunicado ao The Guardian. A empresa, entretanto, não definiu exatamente quando essa atualização será lançada, e com quais dispositivos ela será compatível.

A Amazon havia dito anteriormente que o software de criptografia foi removido completamente de dispositivos equipados com a versão mais recente do sistema operacional Fire porque poucas pessoas usavam o recurso. A deixou dados financeiros, mensagens pessoais e outras informações privadas de usuários de dispositivos da Amazon vulneráveis a ataques.

A decisão da Amazon antecedeu o debate envolvendo a Apple e o FBI, que pediu na Justiça dos EUA a quebra da criptografia do iPhone usado por um dos atiradores que mataram 14 pessoas de San Bernardino, na Califórnia, no início de dezembro do ano passado. A empresa recorreu no Tribunal Distrital da Califórnia contra o mandado expedido pela juíza federal Sheri Pym, que havia ordenado que ela colaborasse com os agentes do FBI para que pudesse acessar os dados do smartphone do atirador Syed Rizwan Farook.

O conflito entre Apple e o FBI pode ter influenciado na decisão da Amazon de restabelecer a criptografia. Mas o que realmente fez ela mudar de ideia for a reação do mercado. Ela não poderia ter escolhido um momento pior retirar o software dos dispositivos. Especialistas em segurança criticaram a empresa, e seu centro de suporte técnico também recebeu inúmeras reclamações online de usuários, o que parece ter surtido efeito.

"Ela foi castigada pelo mercado", disse John Kindervag, vice-presidente e analista de segurança da Forrester, ao jornal britânico. "Se ela tivesse feito isso antes do conflito Apple-FBI, as pessoas provavelmente não teriam percebido ou pensado nisso. Mas está tendo que recuar para sinalizar que se preocupa com a privacidade do consumidor."

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