O ano de 2022 foi marcado pelo crescimento do uso da Open Innovation – Inovação Aberta, em tradução livre – processo conhecido pela inovação das grandes empresas. Diante deste cenário, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), em parceria com a Platt, plataforma de inovação aberta para indústrias desenvolvida pela Timenow, lança um estudo inédito sobre as Indtechs.
O levantamento revelou um cenário de crescimento, com potencial claro de atração de investimentos. Ao todo, foram mapeadas 51 Indtechs no Brasil, sendo que 42% das startups que podem contribuir com o setor da indústria já receberam investimentos. Desse porcentual, 70% tiveram sua última captação após 2020.
Além disso, 27% delas foram criadas há aproximadamente cinco anos e 24% há dois anos, refletindo a realidade de algumas empresas que precisaram se reinventar de forma rápida durante a pandemia e adotaram soluções tecnológicas para manter o ritmo de crescimento.
Startups podem revolucionar o setor industrial brasileiro
Os principais segmentos que podem contribuir com o setor industrial são: Fintechs (10%), Techs (9%), HRtechs (8%), Edtechs (7%) e Healthtechs e Life Science (7%). Cerca de 65% das empresas são voltadas para o mercado corporativo (B2B) e 42% têm o modelo de negócio baseado em SaaS (software as a service). 15% atuam com venda direta, 11% com taxa sobre transações e 9% com marketplace.
O mapeamento detalha ainda que mais da metade das startups que contribuem para o setor estão concentradas na região Sudeste (54%), sendo 37% no Estado de São Paulo. As regiões Sul (27%) e Nordeste (9%) aparecem na sequência, enquanto Norte e Centro-Oeste (5%) representam juntas 10%.
Luiz Othero, diretor executivo da Abstartups, avalia um cenário propício para o desenvolvimento de soluções de aprimoramento do setor industrial, ao passo que a transformação digital deixou de ser um diferencial e tornou-se obrigatória para a sobrevivência de negócios que envolvem manufatura.