Com crescimento de 40%, Brasil puxa investimentos da Symantec na América Latina

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O crescimento da Symantec no mercado brasileiro chegou a 40% no último ano fiscal. Assim, o país ganhou relevância nos negócios globais da fabricanrte de software de segurança e deve liderar os investimentos na América Latina neste ano. A companhia, que não divulga resultados financeiros regionais, diz que operação local representa 1% a receita mundial.

"Vamos lançar soluções específicas para o Brasil nos próximos 12 meses e estamos trabalhando para levar ao país produtos disponíveis em mercados avançados", afirmou o CEO da Symantec, Enrique Salem. Apesar de não revelar o valor a ser aplicado, ele conta que os investimentos serão voltados para contratações, expansão de parceiros de negócios e da carteira de clientes, e também no setor de pesquisa e desenvolvimento. O país foi destaque no último relatório de tendências e ameaças virtuais da empresa, ficando na quarta posição no ranking de propagação de ataques, atrás dos Estados Unidos, China e Índia.

Salem fala que o melhor exemplo do ganho de relevância entre os emergentes é a China. No ano passado, o país saltou da terceira para a primeira posição em volume de negócios na Ásia, ultrapassando o Japão e a Nova Zelândia.

Plano de aquisições

Com US$ 3 bilhões em caixa, a Symantec mantém sua estratégia de realizar aquisições para crescer organicamente e completar seu portfólio. De acordo com o CEO, as novas compras visam companhias que desenvolvem aplicações de computação em nuvem e, principalmente, mobilidade. "Os funcionários querem levar seus dispositivos móveis para o trabalho e isso é um movimento que não podemos ignorar. Assim, nossa missão é dar suporte a nossos clientes para que isso seja feito de maneira controlada e segura", explica.

Outra parte do plano de crescimento da Symantec envolve a integração de produtos. "Vemos uma demanda por simplificação à medida que a arquitetura de TI fica complexa, com base de dados e aplicações locais simultâneas na nuvem. Apostamos em soluções integradas, para atingirmos todos os pontos e reduzir o número de fornecedores de segurança", diz.

O executivo também comentou as medidas implantadas na Symantec após a divulgação, no início do ano, de que a empresa havia sido alvo do grupo hacker Anonymous, em um grave episódio de roubo de dados. Em 2006, cibercriminosos tiveram acesso o código-fonte do software pcAnywhere e, assim, poderiam ter fácil acesso a informações críticas de diversas companhias.

"Mudamos a maneira com a qual trabalhamos. Agora, não deixamos todo o código-fonte em posse de uma única pessoa. Trabalhamos com equipes complementares para reduzir ainda mais o risco em caso de outra emergência", garantiu Salem. Ele também ressalta a rapidez com a qual os clientes foram informados assim que a Symantec tomou conhecimento do caso. "Seguimos as mesmas recomendações que damos a nossos clientes – se houver um ataque, tenha um plano prévio e saiba como agir", finaliza.

A jornalista viajou a Las Vegas a convite da Symantec.

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