De acordo com Omar Tabach, sócio-diretor da TGT Consult, "o Brasil passou a fazer parte da rota mundial da ISG em função do aumento da relevância do tema no país, motivado por três grandes mudanças no mercado: LGPD, trabalho remoto e o aumento dos crimes cibernéticos". O relatório tem previsão de lançamento para o início do segundo semestre.
Em entrevista, Paulo Brito, autor da pesquisa e analista líder da TGT Consult/ISG, adiantou que o ISG Provider Lens Cybersecurity – Solutions & Services trará uma análise aprofundada do setor, cobrindo uma variedade de serviços de segurança cibernética, incluindo gerenciamento de identidade e acesso e prevenção contra perda de dados, em um momento em que as empresas em todo o mundo enfrentam números crescentes de ameaças à segurança de invasores cada vez mais sofisticados.
Segundo Brito, desde 2020, as empresas vêm acelerando seus processos de digitalização. Com a obrigatoriedade do trabalho remoto, trazida pela pandemia do novo coronavírus, o risco cibernético se tornou cada vez mais amplo. "As empresas se viram em uma situação na qual o acesso ao sistema era necessário, mas a forma de acesso e os equipamentos utilizados não estavam aptos para fazer isso de forma segura. Muitas dessas companhias se refugiaram ou migraram para a nuvem, já que não havia mais acesso aos seus equipamentos e redes", o que fez crescer a vulnerabilidade, conforme explica o analista.
Outra reação do mercado, impulsionado pelo aumento da demanda, foi uma maior escassez de profissionais especializados. "Talvez esse seja o problema mais grave detectado no estudo e que merece atenção. Para se ter uma ideia, no mundo inteiro, há um déficit de cerca de 3 milhões de profissionais da área de cibersegurança", alerta Brito. Segundo ele, isso nunca vai ser suprido. Acredita-se que a inteligência artificial possa ser uma ferramenta para minimizar a escassez.
A edição 2021 do relatório ISG Provider Lens™ Cybersecurity – Solutions & Services contará com 6 quadrantes, sendo um a mais que o do ano passado. No campo de empresas de soluções de cibersegurança estão: Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM); Prevenção Contra Vazamento/Perda de Dados (DLP) e Segurança de Dados; e o novo quadrante de Proteção, Detecção e Resposta Avançada a Ameaças de Endpoint (ETPDR Avançado).
Já no campo de empresas de serviços de cibersegurança, permanecerão os mesmos quadrantes, sendo eles: Serviços Técnicos de Segurança; Serviços de Segurança Estratégica; e Serviços Gerenciados de Segurança.