Indústria 4.0: a revolução industrial dos tempos modernos

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Amplamente estudada nos livros de história, a Revolução Industrial teve papel fundamental para o desenvolvimento da indústria em todo o mundo e na formação do modelo de capitalismo que temos hoje. Mais de trezentos anos depois do início deste movimento, em pleno século XXI, uma nova revolução está em curso, e mudando outra vez os métodos fabris e o curso da história. Esse fenômeno diz respeito ao uso de alta tecnologia na gestão dos processos de fabricação, dando origem à chamada Indústria 4.0.

Mas antes de analisar com mais profundidade este conceito, é importante lembrar como a primeira revolução impactou as indústrias no Brasil.

Na Inglaterra, o processo de Revolução Industrial teve início em meados do século XVIII, espalhando-se pela Europa neste mesmo período. O Brasil nesta época era colônia de Portugal e sofria os efeitos do Pacto Colonial imposto pela coroa portuguesa.

Somente no final do século XIX, inicio do século XX, deu inicio a revolução industrial brasileira. Liderada pela região Sudeste, principalmente São Paulo com o financiamento provido da cultura do café.

No começo da década de 1940 houve grande avanço industrial sintetizado aqui pela criação de algumas empresas brasileiras como Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Companhia Vale do Rio Doce e Fábrica Nacional de Motores fomentado pelo governo de Getúlio Vargas e com o pioneirismo de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, que é considerado o grande primeiro industrial brasileiro, sendo o responsável pela primeira fundição de ferro, primeira ferrovia e primeiro estaleiro do Brasil.

Desde então a indústria nunca parou de se modernizar, passando por três revoluções nos anos de 1780, 1870 e 1970.

Uma nova revolução

Com passar do tempo e com o advento de novas tecnologias passamos a ter a quarta revolução industrial, possibilitando aumento da produção com redução de custos operacionais de forma significativa.

Nos tempos atuais temos algumas variáveis que devemos considerar ao falarmos de evolução industrial como aumento significativo da competitividade, globalização exacerbada, imprescindível necessidade de conquistar novos mercados, fortalecimento e expansão de mercados já conquistados, tudo impulsionado pela crise brasileira em que vivemos atualmente.

A quarta revolução industrial é chamada de Indústria 4.0, onde o emprego de tecnologia como Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços faz com que os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis, a ponto da própria fábrica tomar a decisão de quando e o que deve ser produzido.

A Indústria 4.0 pressupõe que todo o processo e tecnologia envolvida esteja interligada de ponta a ponta, ou seja, desde o nascimento da necessidade de um cliente, materializado pela efetivação de uma venda até a entrega do produto para o cliente.

A Indústria 4.0 traz a possibilidade da existência de uma cópia virtual das fábricas, permitindo a rastreabilidade e monitoramento remoto de todos os processos por meio de inúmeros sensores espalhados ao longo da planta ou até mesmo da produção de acordo com a demanda, acoplamento e desacoplamento de módulos na produção. O que oferece flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas facilmente.

Esse aproach traz uma nova visão de como podemos gerir as fábricas, pois permite empregar o conceito do Just in time em um nível superior e mais aprofundado ao que é utilizado hoje, baixando ainda mais os custos de produção e reduzindo o tempo de fabricação e entrega para o cliente final.

Outro importantíssimo aspecto nesse contexto é a possibilidade de trabalhar com alto volume de dados não formatados para direcionar a força de venda de maneira mais assertiva através do acoplamento de um sistema de Big Data.

Toda essa revolução industrial dos tempos modernos traz condições mais favoráveis para o enfrentamento da crise econômica e principalmente coloca a indústria que a utilizar na vanguarda dos tempos modernos aumentando o poder de venda e reduzindo significativamente os custos diretos e indiretos de produção.

A conclusão que se chega é que sempre é tempo de investir com o objetivo de tornar os processos mais eficientes e eficazes, e a produção menos custosa e mais efetiva. Isso fará a diferença e trará a companhia para a vanguarda dos negócios, permitindo não somente que a mesma sobreviva em tempos difíceis mas também se fortaleça.

André Villar, gerente de produtos da Art IT.

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