Você sabe o que são Cobots?

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Estamos no momento da quarta revolução industrial, que está sendo impulsionada por vários temas que proporcionam uma transformação dos negócios. No meio deles, um que tem chamado a atenção são os Robôs Colaborativos, chamados de Cobots, desenvolvidos para trabalhar ao lado do ser humano.

Esse é um mercado que cresce exponencialmente no mundo todo e que tem ganhado cada vez mais espaço na indústria nacional. Somente em 2018, a expectativa é que se tenham centenas de Cobots instalados na indústria brasileira. Já em 2019, estima-se um crescimento que superará o dobro do ano anterior.

Os Cobots, por serem automatizados e incansáveis, proporcionam maior produtividade, melhor competitividade e evitam falhas nos processos causadas por fadiga, por exemplo. Atividades e tarefas com problemas de ergonomia também podem ser executadas pelos mesmos. Os Cobots são totalmente seguros, atendendo às normas e procedimentos de segurança.

Além disso, esses robôs podem "trabalhar" 24 horas, 7 dias por semana, e possuem tamanho compacto. O fato de serem leves, a baixa complexidade e a fácil instalação são facilitadores para a adoção dos Cobots e que os diferencia de robôs convencionais.

Os robôs colaborativos são máquinas que podem executar trabalhos ao lado do ser humano na linha de produção, realizando tarefas sensíveis com precisão milimétrica. Eles também atuam em condições insalubres, realizando tarefas que trariam um elevado desconforto aos seres humanos ou mesmo grandes riscos à vida do trabalhador.

Indústrias que trabalham com pelo menos dois turnos e que possuem atividades repetitivas em sua produção, certamente são potenciais usuárias dos Cobots. No momento, a utilização tem sido maior em Indústrias Automotivas, Farmacêuticas, Alimentos, e Bebidas e Bens de Consumo.  Porém, já estamos observando o interesse e algumas implantações em Indústrias de Processo como Siderurgia, Mineração, Cimento, e Papel e Celulose.

Em termos de aplicações, estima-se que no Brasil, 50% são em Paletização e os outros 50% se dividem em Inspeção e Qualidade, Análise e Testes de Laboratório, Solda, Encaixotamento, Montagem, Pick and Place, CNC, Injetora, Prensagem e Estamparia, entre outros.

A solução Robótica Colaborativa pode variar dependendo da aplicação. Em alguns casos é utilizado garras nos robôs, já em outros casos ventosas, e dependendo da aplicação, faz-se necessário o uso de sistemas de visão. Outros equipamentos como scanners de segurança também costumam compor a solução.

Diante da Indústria 4.0 e da Convergência da Tecnologia de Automação (TA) e Robotização com a Tecnologia da Informação (TI), uma possibilidade que agrega valor às indústrias é o Monitoramento Remoto em Tempo Real dos Robôs Colaborativos, sendo possível mostrar dados e resultados, mensurar a produtividade e gerar relatórios.

Com relação ao mercado de trabalho, podemos dizer com segurança que haverá uma mudança gradual na estrutura de trabalho com os robôs colaborativos. Sendo assim, não haverá diminuição, mas sim uma alteração nas oportunidades de emprego e especializações.

Mas para gerar ainda mais valor e facilitar a aprovação de investimentos na tecnologia, parte das empresas ao redor do globo tem procurado o modelo de OPEX, sendo esse através de Leasing ou Aluguel, permitindo assim que o ROI (return of investment) seja quase que imediato. Os custos de adoção dos Cobots pela indústria são muito mais baixos se comparado a adoção de outros robôs e trazem benefícios imediatos ao chão de fábrica.

Já outras empresas preferem ainda o modelo de CAPEX, o qual possui um ROI menor do que dois anos na grande maioria das aplicações.

Também existem empresas que adotam a estratégia de contratar uma consultoria para elaboração do Roadmap da Indústria 4.0, traçando um diagnóstico que desvenda qual o nível de evolução em que a indústria se encontra, desenvolvendo a rota para alcançar os conceitos, e indicando os próximos passos e as tecnologias a serem adotadas.

Neste modelo, avaliam-se vários temas da Indústria 4.0 como Robótica Colaborativa (Cobots), Realidade Aumentada, Soluções e Plataformas IoT, Eficiência Energética, Virtualização Fabril, Machine Learning, Analytics e Big Data, além de Integração do ERP com o Chão-de-Fábrica.

O excelente ROI, a urgência de ganho de produtividade e competitividade, além da necessidade de uma redução de headcount, são fatores de decisão para que os Cobots sejam um dos primeiros temas a constar no Plano Diretor do Roadmap da Indústria 4.0 e a serem implantados nas indústrias.

Para quem pretende comprar um Cobot, o aconselhável é que verifique quantos turnos a indústria possui, qual o peso do material envolvido, o ritmo de produção e qual a aplicação ideal para colocar o primeiro Cobot observando onde existem tarefas repetitivas ou com problema de ergonomia. Na sequência, o recomendado é achar um parceiro que possa fornecer as melhores condições de instação, reparo e manutenção, e que possibilite o melhor modelo de adoção, seja OPEX (Leasing ou Aluguel) ou CAPEX, para o negócio.

Carlos Eduardo Boechat, diretor de negócios e head de Indústria 4.0, IoT e Automação da Cast group.

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