O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, iniciou nesta segunda-feira, 8, o processo de assinatura digital e de lacre dos sistemas que serão utilizados nas eleições de outubro. Após os últimos testes, que vão até sexta-feira, 12, os programas serão assinados digitalmente pelo presidente do TSE e representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de partidos políticos.
Ayres Britto disse estar convicto de que os sistemas são seguros e invioláveis. "É a mais avançada tecnologia eletrônica a serviço da verdade do jogo eleitoral", resumiu o presidente do TSE. "Antigamente, um candidato ia para o processo eleitoral afirmando que poderia ganhar e não levar porque seria fraudado. Agora não, a pessoa já vai para a urna com a convicção de todo um aparato tecnológico a serviço da velocidade [da apuração], da segurança, transparência, da visibilidade, tudo checado. Estou convicto da segurança do sistema", afirmou Britto.
De acordo com o diretor de informática do TSE, Guiseppe Janino, um conjunto de sistemas de segurança atuando conjuntamente dá a garantia de que não há possibilidade de fraude no processo de votação. "São vários mecanismos que são implementados e encadeados visando a segurança e transparência do processo. A assinatura digital é um dispositivo de extrema importância porque ele garante a autenticidade e integridade dos programas. Se for modificada uma vírgula em um determinado programa, ele não funciona mais", explicou Janino.
Este ano, todos os sistemas utilizados nas eleições serão assinados digitalmente e terão certificação de Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICT), utilizado pelo governo federal. Além disso, segundo Janino, em três municípios – São João Batista (SC), Fátima do Sul (MS) e Colorado do Oeste (RO) – será utilizada a identificação biométrica do eleitor, ou seja, as pessoas que forem votar serão identificadas pelas digitais.
Na semana passada, o deputado Geraldo Magela (PT-DF), presidente da subcomissão especial de Segurança do Voto Eletrônico, afirmou que as urnas eletrônicas fabricadas pela norte-americana Diebold utilizadas nas eleições do país não são seguras e não dão garantia de que a vontade do eleitor será respeitada. O parlamentar lembra que a comissão já dialogou com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que seu papel agora é de tomar atitudes positivas para fazer valer a vontade do eleitor. Para garantir o respeito ao voto, Magela defende a aprovação de sugestões feitas pela subcomissão, a partir da opinião de especialistas da área (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Com informações da Agência Brasil.