A notícia coincide com uma reportagem publicada no final de agosto, segundo a qual a HTC, com sede em Taiwan, estaria interessada em algum tipo de venda. Entre os fabricantes de telefones inteligentes mais populares nos Estados Unidos, a fabricante perdeu mercado depois de vários lançamentos consecutivos mal-sucedidos de smartphones. Recentemente, a empresa lançou uma divisão separada de fones de ouvido para realidade virtual.
O relatório parece suspeito, uma vez que o Google já esteve nesta estrada, mas há uma razão que pode justificar o interesse da empresa de buscas pela HTC: a empresa taiwanesa constrói o Google Pixel, a marca de smartpones do Google.
No entanto, a desconfiança parte do fato de a gigante já ter investido no mundo dos smartphones no passado, quando comprou a Motorola Mobility, tendo vendido a operação poucos anos mais tarde. A HTC também chegou a operar diretamente no Brasil por um curto período.
A Commercial Times afirmou que a fraca posição financeira da HTC e o desejo do Google de “aperfeiçoar a integração de software, conteúdo, hardware, rede, nuvem IA” é a força motriz do interesse do Google.
A notícia diz que o Google pode fazer um “investimento estratégico” ou “comprar a equipe de P&D de smartphones da HTC”. O analista da UBS, Eric J. Sheridan, explicou em uma nota na quinta-feira por que o Google pode querer avançar para o hardware:
“Do ponto de vista estratégico, possuir e operar sua própria divisão operacional móvel compensaria alguns dos principais desafios estratégicos que o negócio de informática móvel do Google possivelmente enfrentaria: a) uma integração mais profunda de hardware / software compensaria alguns dos problemas de fragmentação do Android que não flagelam o Apple iOS; b) ciclos de desenvolvimento que maximizem tendências avançadas de computação móvel (Google Lens, localização, ARCore, Assistente do Google) com possível expansão da adoção pelos usuários; c) uma compensação ao aumento das despesas de TAC de distribuição; e d) um deslocamento para qualquer dinâmica industrial negativa (desagregação de aplicativos) resultante da investigação da Comissão Européia na Android. Google e HTC não comentaram a notícia.
Ops, quer dizer que teremos um smart mais smart que seu próprio dono?