A cada ano, 15 milhões de pessoas que têm um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no mundo. A cada segundo, um homem ou uma mulher, jovem ou velho, sofre um derrame. E, a cada seis segundos, alguém morre desta doença. São seis milhões de pessoas. É a segunda principal causa de morte para pessoas acima de 60 anos, e o quinto para pessoas com idade entre 15 a 59.
No Brasil, em torno de 40% das mortes são por doença cardiovascular. E, predomina a mortalidade por acidente vascular cerebral em relação à mortalidade por doença coronariana (infarto do miocárdio). Os números atingem em torno de 100 mil vítimas por ano, segundo o Ministério da Saúde.
O AVC é a principal causa de incapacidade a longo prazo, independentemente da idade, sexo, etnia ou país. Segundo a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization – WSO), a carga global da doença atingiu proporções de epidemia e a situação não vai melhorar até que fortes ações sejam tomadas.
Pensando nisso, a ECO Sistemas, empresa especializada em tecnologia da informação para saúde pública, trará para o “World Stroke Congress”, congresso mundial sobre o assunto, que será realizado em Brasília nesta semana, a proposta do uso de telemedicina no trato dos pacientes.
A ferramenta apresentada será o RP Lite, criado pela americana InTouch Health, uma plataforma robótica que oferece flexibilidade para os médicos e amplia seus conhecimentos para os mais variados locais de atendimento (clínicas, salas de emergência, hospitais rurais, comunidades, etc). Com ele, há o imediatismo do atendimento. E, quanto antes iniciar a atenção do paciente, menor será o risco de sequelas e o tempo de recuperação, com redução de custos com permanência hospitalar.
Segundo Rodrigo Souza, consultor de negócios da ECO Sistemas, a grande vantagem do equipamento é a interação do paciente diretamente com o médico. O profissional de saúde avalia o comportamento neurológico e motor dos pacientes assistidos, percebendo a extensão dos danos causados pelo AVC.
Como lida com saúde pública, a ECO Sistemas alinha seu trabalho às preocupações e reivindicações da WSO, que pede mais atenção dos governos para implementar políticas específicas na luta contra o AVC. Um dos motivos é que os fatores de risco da doença permanecem crescendo pelo mundo. Em 2011, três quartos de todos os indivíduos que tiveram a doença viviam em países com recursos limitados, onde os sistemas de saúde já estão desafiados ao limite, como o Brasil.