Especialistas analisam gravidade da queda do Facebook

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Na tarde desta segunda-feira (4), a queda global dos aplicativos WhatsApp, Facebook e Instagram parou o mundo. A partir do meio-dia, inúmeros usuários começaram a reclamar de instabilidades nas redes sociais de Mark Zuckerberg.  

Notícia no mundo inteiro as mais de seis horas fora do ar foram um recorde, em comparação a outras panes já identificadas anteriormente. Só neste ano, o Facebook já registrou pelo menos três instabilidades nos serviços. No entanto, o problema nunca demorou mais de duas horas a ser resolvido. 

De acordo com Andrew Martinez, CEO da HackerSec – empresa de inovação em cibersegurança do país – falhas como essa não afetam apenas o Facebook e seus usuários, afinal, uma vez que outras plataformas dependem do acesso aos dados fornecidos pela tecnologia de Mark Zuckerberg, os danos são irreparáveis para quem usa a rede social como ferramenta de trabalho. "A maioria das empresas utilizam alguma API do Facebook e, por isso, estas falhas comprometem o funcionamento de inúmeras organizações que dependem da tecnologia para tocarem seus negócios", destaca Andrew. 

Mais de 3,5 bilhões de usuários foram impactados, principalmente empresas que utilizam as ferramentas para impulsionar seus resultados. O próprio Zuckerberg perdeu US$ 6 bilhões e caiu uma posição no ranking dos bilionários. 

É importante ressaltar que nenhum negócio está livre de sofrer problemas operacionais que resultem na interrupção de atividades, por isso é importante que empresas tenham uma TI estratégica com recursos para agir rapidamente. "Tecnologia em nuvem, inteligência artificial, entre outras inovações são essenciais para o funcionamento das  empresas, pois, além de possibilitarem que perdas de informações não aconteçam, permitem que atividades sejam retomadas em menos tempo", diz Armindo Sgorlon, CEO da SGA TI em Nuvem, empresa que cria soluções por meio de tecnologias que envolvem data center, aplicações em nuvem, ciência de dados e inteligência artificial, transformando todas as áreas de um negócio. 

A experiência do cliente é também diretamente impactada quando há um mau funcionamento dessas redes sociais. Atualmente, 80% dos consumidores utilizam o WhatsApp para se comunicar com marcas e empresas, seja para buscar informações, acionar suporte técnico ou concretizar compras. "Diante deste problema, é evidente a necessidade de diversificar a forma de interação com o cliente. Considerar outras plataformas de comunicação intensifica o relacionamento entre empresa e consumidor e evita o abandono em casos como este. Estar perto do cliente, mesmo em situações graves como essa, proporciona segurança na interação e mais chances de fidelização", aponta Tomás Duarte, co-fundador e CEO da Track, startup brasileira referência em indicadores de performance da Experiência do Cliente. 

Como os servidores de cloud hosting são impactados com essas panes e como podem facilitar para os usuários e clientes 

Para o Felipe Tomaz, CIO da Cloudez, empresa que organiza e automatiza as atividades operacionais de agências e prestadores de serviços digitais, para evitar que uma pane como essa ocorra é muito importante ter uma boa infraestrutura e um time especializado. "Se tratando de um ambiente Cloud, é importante contar com uma empresa de infraestrutura preparada para evitar esse tipo de erro. O que aconteceu no Facebook ao que parece foi uma modificação imprudente, pois haviam algumas alternativas de prevenção que poderiam ter solucionado o problema de forma mais ágil."  

Ele explica ainda que uma pane como essa tende a ocorrer menos em empresas que utilizam cloud hosting, pois elas contam com um time de especialistas que cuidam da infraestrutura de maneira geral, avaliam todos os movimentos com muito mais precisão e atenção. Além disso, a hospedagem na nuvem tem soluções de recuperação mais rápida, quando comparado com os transtornos que uma pane pode gerar em hospedagens compartilhadas ou servidores locais. 

Outras alternativas para o produtor de conteúdo 

O problema que aconteceu na última segunda-feira só evidencia que as redes sociais deixaram de ser apenas uma fonte de entretenimento e se tornaram ferramentas de trabalho para muitos produtores de conteúdo. A indisponibilidade que parou o mundo gerou danos financeiros aos usuários que dependem dessa fonte de renda. "É evidente a importância das redes sociais de Mark Zuckerberg, mas o produtor de conteúdo precisa de outras alternativas para distribuir e promover seu trabalho", explica Matt Montenegro, CEO da Pingback, plataforma de criadores de conteúdos independentes que reúne em um só lugar publicações de diversos gêneros.  

Indo por um caminho diferente dessas plataformas já consolidadas, já existem outras formas para que produtores de conteúdo consigam monetizar seus trabalhos. A Pingback, por exemplo, tem se consolidado como uma solução para quem gosta de escrever e, com isso, consegue criar uma audiência e fazer disso uma fonte de renda.  "Quando as redes sociais têm uma queda no sistema, os conteúdos produzidos são impedidos de serem acessados pelos usuários. Já com a Pingback o conteúdo também é distribuído por meio de e-mail. Assim, caso haja alguma falha no sistema, o material que já foi distribuído continua de posse dos leitores sem que haja prejuízo", explica Matt Montenegro. 

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