As instituições científicas e empresas já vão poder aplicar os R$ 30 milhões aprovados em dezembro do ano passado pelo Conselho Gestor do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e pelo BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social) para pesquisas em tecnologia sem fio.
O projeto de desenvolvimento de sistemas de comunicação é baseado no padrão WiMax. Ele integra o programa de desenvolvimento tecnológico-industrial para incrementar a competitividade do país na área das comunicações sem fio.
O desenho do novo programa, discutido pelo governo federal sob a coordenação do Ministério das Comunicações, vai reunir os melhores centros de pesquisa e empresas em torno de um projeto que pretende, até 2010, tornar o país uma referência no desenvolvimento de tecnologias wireless.
Para isso, o BNDES articulou a criação de uma joint venture, formada por cinco fabricantes nacionais de equipamentos de telecomunicações ? Asga, Icatel, PadTec, Parks e Trópico ? para desenvolver, em consórcio com o CPqD e o Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada), sistemas integrados de comunicação digital sem fio em banda larga para ser colocado no mercado, a partir deste ano.
A demanda por recursos do Funttel, em resposta à chamada pública que acaba de ser finalizada pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agradou o ministro das comunicações. ?Recebemos mais de 120 propostas, totalizando uma demanda superior a R$ 240 milhões para projetos onde a parceria entre centro de pesquisa e empresa é obrigatória. Dessa forma, acreditamos que aumentará a efetividade dos programas de inovação tecnológica financiados com recursos públicos, já que as empresas, ao oferecerem contrapartida financeira no projeto, farão o possível para colocar os resultados das pesquisas no mercado?, disse Héilo Costa.