A aposta do mercado jurídico em Legal Design

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O avanço tecnológico sobre o setor jurídico do Brasil tem emergido com uma grande relevância nos últimos anos. Dentro desse contexto, não há como negar o impacto de iniciativas voltadas para o Legal Design, conceito que traz um conjunto de ações relacionadas a três pilares que podem convergir entre si: tecnologia, design e Direito. Afinal, tão importante quanto investir em soluções inovadoras para um segmento extremamente promissor nesse sentido é compreender, na prática, como o fator humano poderá se comportar com o suporte digital. Parte dessa transformação deve passar pela implementação de metodologias alinhadas com a realidade enfrentada pelos escritórios de advocacia.

Isso posto, o Legal Design carrega uma série de benefícios que refletem em uma melhor recepção ao advento de novas ferramentas de trabalho. De certo modo, é possível afirmar que esse é um tópico que chega para democratizar o Direito, proporcionando um entendimento simplificado sobre documentos jurídicos, a exemplo de contratos e petições, para todas as pessoas envolvidas nesses processos, mesmo as que não possuírem um conhecimento técnico em relação à linguagem jurídica.

O que muda para a rotina do Direito?

A aplicação do Legal Design, em sua essência, traz consequências positivas para áreas diversas dentro de um escritório. No que diz respeito ao relacionamento externo, a satisfação do cliente é potencializada por meio de uma comunicação otimizada e que, com a automatização, oferecerá uma melhor compreensão dos documentos envolvidos na contratação. Outra vantagem que não pode ser ignorada repousa na utilização do método em petições, mostrando-se capaz de ampliar as oportunidades do advogado em ser mais assertivo, especialmente na criação de teses e contextualização de situações que não podem ser expressas apenas por textos e escrituras.

O cotidiano do profissional de Direito, sem dúvidas, também é reformulado em prol de um ambiente muito mais dinâmico. Como parâmetro, podemos citar a utilização do QR Code, cuja função possibilita que o advogado realize uma argumentação oral no formato de vídeo, aumentando as chances de se obter um resultado favorável ao cliente.

Visual Law como um agente simplificador

Como uma ferramenta integrada ao Legal Design, o Visual Law compartilha de uma premissa semelhante, visando a transformação de informações de difícil compreensão por meio de técnicas que utilizem elementos gráficos, bem como uma melhor distribuição dos dados. Nesse caso, trata-se de uma solução diretamente ligada a análises mais estratégicas, que abrangem diversas áreas do escritório. Com o uso de gráficos dinâmicos, também se abre portas para um processo de tomada de decisão baseado em dados confiáveis, trabalhados de forma analítica.

Fato é que o Visual Law representa com fidelidade o potencial por trás de uma sinergia bem-vinda entre Direito e tecnologia, trazendo à tona um gerenciamento fluído, seguro e fundamentalmente estratégico, sempre sob o compromisso de conduzir o negócio a um estágio consolidado de maturidade digital.

Para concluir o artigo, destaco a preponderância do tema em um mercado cada vez mais consciente quanto a necessidade de se aderir à inovação. Levando em conta os desafios enfrentados por escritórios de advocacia, ter a certeza de que o protagonismo dos profissionais será resguardado e, ainda por cima, amplificado por soluções que buscam agregar valor às operações, é uma condição que só facilitará a vida de quem lida com o dia a dia de um dos segmentos mais importantes de nosso país.

Vinicius Marques, founder e CEO da EasyJur Software Jurídico Inteligente.

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