O FBI, a polícia federal americana, está trabalhando com uma ampla coalizão internacional de agências de cibercrime para derrubar um grande botnet – rede de computadores infectados com software malicioso e controlados clandestinamente por criminosos – que tem instalado malwares nos computadores de mais de 12 mil americanos e europeus. Os Estados Unidos relatam o maior número de infecções, seguidos por Japão, Índia e Taiwan.
Denominado Beebone, o botnet surgiu pela primeira vez em 2013 e funciona como um "downloader" ao instalar outras formas de malware nos computadores das vítimas, sem o seu consentimento ou mesmo consciência, de acordo com informações do jornal USA Today. Uma vez que o botnet instala um malware em um computador, ele permite que criminosos cibernéticos roubem logins e senhas bancárias e criem programas falsos de antivírus.
Na tentativa de impedir a ação do botnet, a coalizão apreendeu 100 nomes de domínio utilizados pelo botnet e está redirecionando o tráfego vindo deles para provedores de serviços de internet e ao grupo internacional responsável por emergências em computadores (CERT, na sigla em inglês), para que as vítimas possam ser informadas de que seus computadores podem ter sido comprometidos.
O FBI trabalha em conjunto com a força tarefa National Cyber Investigative Joint Task Force e a divisão de cibercrime e propriedade intelectual do departamento de justiça americano (USDOJ) no combate ao botnet. O grupo de combate ao cibercrime na União Europeia criado pelo Centro Europeu contra o Cibercrime da Europol, Joint Cybercrime Action Taskforce (J-CAT), também participa da ação. A coalizão também se une à empresas de segurança tais como Intel Security, Kaspersky e Shadowserver.