Estudo da Randstad aponta caminhos para líderes atraírem e reterem seus talentos

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Apesar da pandemia dar sinais cada vez mais claros de desaceleração no país, uma coisa é clara: os efeitos que ela provocou no universo do trabalho vieram para ficar. Escalas e ambientes mais flexíveis, para acomodar uma rotina mais equilibrada entre vida pessoal e profissional, em oportunidades que aliem saúde mental com senso de propósito e que ainda contribuam para o desenvolvimento são alguns dos aspectos levados em conta pelo trabalhador brasileiro. Na última edição do Workmonitor, estudo global da Randstad sobre trabalho, quase metade dos entrevistados brasileiros ouvidos (47%) não aceitariam atuar em uma empresa que não esteja alinhada com os seus valores. Neste sentido, a liderança tem um papel fundamental na missão de engajar e reter talentos.  

Para o diretor de Professionals, área dedicada à contratação de pessoas para cargos de especialistas, consultores, gerentes e C-Level na Randstad, Diogo Forghieri, algumas razões levaram a liderança a assumir um papel cada vez mais importante no processo de atração e retenção das corporações: "Os últimos anos mudaram a forma como trabalhamos, mas principalmente como enxergamos o trabalho e o espaço que ele ocupa em nossas vidas. Buscamos empregos com mais flexibilidade, que valorizem a nossa saúde mental e que nos dêem a chance de desenvolvimento. Mas, de nada adianta se não tivermos uma liderança comprometida com essa nova forma de trabalhar".  

Ainda de acordo com Forghieri, boa parte das vagas de liderança trabalhadas pela Randstad desde o início da pandemia foi de substituição. "Isso mostra que líderes estão com dificuldades de assimilar a nova forma de trabalhar e, principalmente, de orientar suas equipes. Depois de dois anos trabalhando remotamente, as pessoas anseiam por mais flexibilidade e liberdade para trabalhar. Quem focar na jornada e não na entrega e dispender muita energia em 'controlar' seu time, corre o risco de perder profissionais qualificados, comprometendo os resultados dos negócios em um mercado que sofre com escassez de talentos em muitas indústrias".  

Para o executivo – que também é especialista em marca empregadora – adaptabilidade, flexibilidade e comprometimento com o desenvolvimento de seus times são características essenciais para formar um bom líder nos dias de hoje. "Mais do que ser bom tecnicamente, a liderança precisa ensinar seu time, dar espaço para que eles se desenvolvam. Essa é uma necessidade das empresas, que sofrem para encontrar profissionais qualificados, mas, está muito claro para a Randstad que é, principalmente, um anseio dos trabalhadores". Ainda de acordo com o Workmonitor, para 92% dos trabalhadores brasileiros a capacitação e o desenvolvimento são fatores importantes na hora de escolher um emprego. "O gestor que não desenvolve pessoas, não foca em entrega de resultados e não está preparado para ter uma escuta ativa, vai perder gente talentosa". 

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