Os erros mais comuns das PMEs ao escolher soluções de IA e como evitá-los

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Nos últimos anos, a inteligência artificial deixou de ser uma exclusividade das grandes corporações e passou a fazer parte também da realidade das pequenas e médias empresas (PMEs). No entanto, a entrada nesse universo tecnológico exige mais do que entusiasmo, exige estratégia. E é justamente nesse ponto que muitos tropeçam.

Um dos erros mais comuns cometidos por empresas de modo geral – e do qual as PMEs não escapam – é escolher soluções de IA com base em modismos ou promessas milagrosas, sem uma avaliação técnica mais profunda. Diante da avalanche de novas startups, plataformas e ferramentas que surgem quase que diariamente, é compreensível que empresários, especialmente aqueles com estruturas mais enxutas, optem por ferramentas que estão em alta ou que aparentam resolver todos os problemas com um clique e custos muito reduzidos. Mas isso raramente acontece.

Implementar IA em um negócio não é como apertar um botão e assistir à mágica acontecer. Pelo contrário, exige planejamento, compreensão do problema a ser resolvido e, acima de tudo, o preparo para treinar a inteligência. Isso nos leva ao segundo ponto crítico, a falta de estruturação das bases de conhecimento.

Para que uma solução de inteligência artificial funcione de forma eficaz – especialmente aquelas voltadas para atendimento ao cliente, como os chatbots ou URA com IA generativa –, eles precisam ter o que consultar. Isso significa alimentar o sistema com uma base rica, organizada e atualizada de informações relevantes sobre o negócio. Muitas PMEs ainda não possuem esse material estruturado, o que compromete diretamente a performance da ferramenta.

E não para por aí. Outro equívoco recorrente é a escolha de parceiros de tecnologia que não compreendem o negócio. Uma boa solução de IA não se resume ao software, é preciso ter um parceiro que acompanhe o processo, entenda as particularidades da empresa e ofereça suporte estratégico para a implementação.

Para evitar erros na adoção de inteligência artificial, é importante tomar algumas precauções. Primeiro, fuja das soluções da moda: nem toda ferramenta que viraliza é adequada ao seu contexto. Avalie com calma, compare alternativas e teste antes de decidir. Em seguida, escolha parceiros experientes, que não apenas ofereçam tecnologia, mas também suporte e conhecimento do seu segmento. Estruture bem sua base de conhecimento, pois sem dados organizados, como informações internas, manuais, políticas e históricos de atendimento, a IA não funciona corretamente. Por fim, comece pequeno, mas com propósito: implemente a tecnologia em um processo específico e avalie os resultados antes de expandir, garantindo que ela gere valor real.

A inteligência artificial é, sem dúvida, uma das maiores oportunidades de transformação dos negócios nesta década. Mas, como toda boa ferramenta, exige preparo. Para as PMEs, o segredo está em começar do jeito certo, com consciência, planejamento e, principalmente, conhecimento.

Thiago Siqueira, Diretor de Vendas da NICE para a região Cone Sul.

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