Intel faz acordo com Apple para fornecer chip sem fio para alguns modelos do iPhone 7

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A Apple está usando chip de modem sem fio da Intel em alguns modelos do novo iPhone 7, lançado na quarta-feira, 7, em substituição aos processadores da Qualcomm, uma das fornecedoras de processadores mais antigas para a fabricante americana, segundo pessoas familiarizadas com o assunto disseram ao The Wall Street Journal. Alguns analistas acreditam que, no longo prazo, a Intel acabará fornecendo os chips para toda a nova família de aparelhos da companhia americana.

O acordo assinado com a Apple pode ser considerado um marco para a gigante dos semicondutores, após anos de fracassos no mercado de chips para dispositivos móveis. A Qualcomm já havia sinalizado no início deste ano que deveria perder algumas vendas de chips do iPhone. Entretanto, executivos do setor disseram que as decisões podem mudar no último minuto conforme as empresas conduzem as negociações finais envolvendo preços e outros termos.

A Apple forneceu novas pistas sobre a sua decisão na quarta-feira, juntamente com especificações para o iPhone 7 — que está previsto para chegar às lojas nos EUA no próximo dia 16 —, quando anunciou que alguns modelos não suportariam a tecnologia móvel CDMA, a qual é utilizada em algumas redes celulares. Nos EUA, as redes das operadoras Verizon Communications e Sprint usam o padrão CDMA, enquanto as redes da AT&T e T-Mobile EUA usam tecnologia diferente.

A Qualcomm, que ajudou a popularizar o CDMA, aposta todas as suas fichas no suporte para a tecnologia em chips de banda base, enquanto a Intel não. Consequentemente, os analistas interpretaram que os modelos não CDMA serão equipados com os chips da Intel e os modelos que trabalham com outras redes utilizarão chips da Qualcomm.

A Apple poderia usar os chips da Qualcomm em qualquer mercado, incluindo naqueles cujas redes não suportam o padrão CDMA, mas, segundo alguns analistas, como ela quer ter pelo menos dois fornecedores de componentes-chave, a Intel deve fornecer cerca de metade dos chips para o iPhone 7. A expectativa da Apple é vender cerca de 40 milhões do novo smartphone até o fim deste ano. Assumindo o preço de cerca de US$ 1 por chip nos adolescentes baixos, a Intel poderá levar de US$ 500 milhões a US$ 700 milhões em receita adicional durante esse período.

A Intel está ansiosa para reduzir a sua dependência da venda de chips para o mercado de computadores pessoais, que continua em desaceleração, em decorrência da expansão do mercado móvel, e tem focado seus projetos de processadores na capacidade de lidarem com aplicativos para smartphones. O desafio para a gigante dos semicondutores é que quase todos os fabricantes de dispositivos móveis ainda usam chips de empresas que licenciam tecnologia da projetista de chips britânica ARM Holdings.

A Intel anunciou acordos ao longo dos dois últimos anos para fornecer processadores para alguns fabricantes de celulares proeminentes, mas a sua participação no mercado de chips móveis ainda se mantém pequena. Os chips de banda base, que gerenciam conexões de celulares, em vez de aplicativos, se tornaram uma prioridade mais recentemente. Essa é a especialidade da Qualcomm, o que reforçou a sua posição no mercado ao suplantar outros fabricantes de chips para oferecer chips para redes celulares de quarta geração, que usam a tecnologia LTE.

Embora a Intel tenha adicionado mais recursos aos seus processadores com a compra da fabricante de chips wireless Infineon Technologies em 2011, por US$ 1,4 bilhão. Mesmo assim, ela ainda está atrás da Qualcomm e de outros fornecedores de chip de banda base para tecnologia LTE.

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